O Terceiro Erro

(Sinto tanta sua falta.)

Não quero escrever mais uma vez para ele. Durante anos o Terceiro Erro esteve em minha vida. Eu escrevi tantas cartas durante esse tempo. Não entreguei nenhuma mas... eu nunca me arrependerei desse equívoco. Ele encheu minha vida de alegria durante tanto tempo... como um bom amigo.

Acho esse um tipo de amor complicado. Saber que nunca daria certo mas de maneira nenhuma conseguir mudar as coisas.

Eu sabia que o máximo que eu teria seria amizade, mas, toda vez que eu via ele chegando eu não sabia onde colocar as mãos, eu olhava para o chão. O que me deixa triste é ver como nos desencontramos. Realmente nunca estivemos na mesma página. 

Mas independente do que aconteceu eu sou grata por cada dia. Sou grata por aquela vez em que ele me viu chorar me consolou. Sou grata por ele ter confiado em mim. Sou grata por todas as vezes que rimos. Todas as vezes que ele esteve lá por mim e eu, por ele. Eu escrevo esse texto sorrindo e chorando porque, todas, todas as lembranças são doces. Ele fez dos anos mais sombrios dias de paz. Mas meu coração está partido porque faz meses que não o vejo. Eu olho para a ultima foto que tiramos e não acredito que a vida nos afastou. 

Eu amei aquele garoto de todas as maneiras que meu coração poderia imaginar. 
Sinto tanta falta dele. 
Sinto falta de rir com (d)ele.
Meu querido amigo, mesmo que essa vida não te traga de volta, a minha porta sempre estará aberta e meu coração sempre estará esperando te reencontrar.

(Me lembro daquela música que você cantou aqui em casa. Lembro daquele sol quente que fazia a primeira vez que te abracei. Lembro de como você era estúpido a primeira vez que com você falei. Lembro de tudo. Sinto tanta falta e... nunca poderei divulgar esse texto porque a nossa amizade foi tão importante pra mim que eu jamais poderia arruinar aquelas lembranças confessando uma paixão que foi só uma parte bem pequena de tudo. Eu te amo. Amo quem nós fomos durante aqueles dias. Você lembra da nossa primeira dança? Foi onde tudo começou).

Até a vista querido amigo.

Ana Marques

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