A Vida é Poema
  • Home
  • Sobre
  • Meus Livros
    • Leia
    • Manda Jobs
  • Posts
facebook twitter Instagram

Eu penso em você como uma canção esquecida. Como aquela letra que permanece no fundo da mente, mas que no fim não consigo trazer aos lábios para cantar.

Eu penso em você nestas madrugadas de dezembro, deitada em uma cama emprestada, questionando se a desmemória no fim é o necessário para seguir a perdoar.

Mais um ano vai acabar, outra carta não enviada irá acumular. Feliz Natal, boas festas, eu penso em cada presente que queria te dar.

Passe bem, lembre-se sempre do cinto de segurança, abraços na família. Seja feliz. Todos meus pensamentos são para que você viva feliz.

Lembre-se de pensar em mim.

0
Share
Querido leitor, é tão bom narrar em terceira pessoa. Isso significa que eu daqui só observo as angústias e sofrimentos do casal da vez. Contar estórias é minha alegria. Sentir por meio delas é meu jeito seguro de me apaixonar sem permitir que meu coração se quebre no processo.

Hoje eu só queria contar sobre o garoto alto que vive na rua dos pomares. Contar sobre a garota do último andar. Eles começaram uma dança interminável há tempos e é interessante observar o desenrolar.

Como aquela música que ouvi a tanto tempo, ele é como um satélite que se orienta em volta dela. Ela sorri e ele não consegue conter aquela alegria que transborda em uma resposta incontida. Ele a procura com o olhar a cada passo. Quando encontra, em alguns momentos muda o ritmo. Ela sempre vacila ao notar, mas se mantém de pé, presa por aquele olhar.

O ponto é que eles estão sempre em sintonia. Bailam com maestria noite e dia. O triste, meu amado leitor, é que eles não são de fato satélites no espaço. Uma rota de colisão entre esses dois seria bem vinda. Mas, eles são do tipo que se inspiram demais nos astros. Conjecturam sem parar que, mesmo dançando em perfeita sincronia, é melhor manter a distância já estabelecida.

Eles não sabem que para humanos às vezes é bom se encontrar.
0
Share


A minha prosa é tanto sobre uma pessoa só que chega a ser redundante. Quantas vezes é necessário dizer e acenar? Esperar e ter esperança? O amor ser paciente e sofredor é diferente de ser estúpido e ignorante. Acho que a gente precisa amar mais de uma forma racional.

E depois, escolher ser irracional. O ponto é que nós não merecemos amor. O ponto é que todos os dias tomamos atitudes condenáveis. De certa forma, eu só fui entender mesmo o que é amar quando alguém me deu todos os motivos para julgar, abandonar, condenar, mas eu não consegui fazer isso. Entendi que eu sentia de uma maneira superficial quando precisei buscar bem dentro de mim um por que de persistir.

Bem lá dentro eu sei que existe uma entrega que não espera nada em troca. Deve ser por isso que eu ainda continuo fiel em tantos níveis, porque amar é entregar sem esperar pelo retorno. Esse amor que eu descobri na profundeza do meu coração é um pedacinho da eternidade que vive na gente. Se alguém olhar nos meus olhos e enxergar lá dentro da minha alma, tenho certeza que irá perceber o infinto vindo de dentro. A criatura que testemunha sobre o criador que fez tudo em graça e sabedoria.

De forma racional, sem esperar em troca, mas aguardando fielmente. Aceitando que por mais que eu me dobre, me molde, me transforme, nada disso realmente importa. Eu entrego amor a quem não merece, por isso eu espero pelo amor que também não mereço.

E olhando todas as impossibilidades, as curvas no caminho, as rejeições, é fácil permanecer em paz ao olhar todas as páginas que vieram disso. As minhas cartas retóricas se tornaram livros. Agora, mesmo que o remetente não dê importância, existem tantos outros que se apropriam das minhas palavras que eu, que não tive importância, sinto que cada linha é boa, perfeita e agradável.
0
Share

Como qualquer pessoa normal, minhas memórias da primeira infância são nebulosas. Em alguns momentos não sei dizer se são reproduções da realidade ou se de fato aconteceram quando eu ainda estava aprendendo a ser. Mas, muitas delas tem um cenário em comum: a Igreja.

Meus pais se conheceram dois anos antes de eu nascer. Tudo começou em um baile de bairro no qual meu pai abordou minha mãe em busca de um pouco de maconha. Ela explicou que não comercializava, mas que podia compartilhar um pouco do que tinha com ele. Foi assim que a história da minha família começou, a loucura dos anos oitenta ainda ecoava no início dos noventa.

Dois anos depois eles planejaram ter uma criança. E, foi quando estava grávida, que minha mãe encontrou o caminho para a Igreja. Eu nasci naquela Metodista que fica na avenida que minha avó mora. Lá eu aprendi sobre respeito, caridade e amor.

Agora, vinte e três anos depois, eu migrei para uma Batista e posso dizer que realmente sei em quem tenho crido. Acho que o ponto de verdadeira entrega a fé foi aos meus quinze anos, quando finalmente li a Bíblia inteira pela primeira vez.

Este ano já fiz minha leitura anual. Mais uma vez, Rute foi meu livro favorito, mas sempre tem Daniel e Paulo para fazer meu coração se encher de esperança, fé e amor. E por isso eu ainda espero que os altares deixem de ser palco para espetáculos heréticos e se voltem a fé, a escritura, ao Cristo, a graça e prestarão glória somente a Deus.

Eu sei que Lutero não foi um exemplo incorruptível ou inculpável. Eu sei que muito do que engatilhou a reforma quinhentos anos atrás hoje assola as denominações que deviam seguir um caminho diferente. Mas, a Ana de quinze anos teve acesso a Palavra. A Ana de vinte três tem liberdade de não pecar por falta de conhecimento. Dessa forma, não desanimo e permaneço na esperança superior que traz a paz que excede todo o entendimento. 
0
Share

Este foi um ano em que desenhei bastante. Nem sei muito o porque desse novo empenho, mas a realidade é que até eu, minha maior crítica, consegue ver a evolução nas ilustrações de um ano atrás para as de agora.

Mas nós, essa geraçãozinha autodidata, sempre quer pular etapas no aprendizado. E eu não sou diferente, leitor. Queria já nascer a mestre da pintura digital. O ponto é que eu não nasci sabendo fazer nada além de chorar.

Eu não tenho pretensões artísticas com ilustração. Desenhar só é uma atividade que realmente me acalma nos dias mais ruins. É aquele exercício que eu sempre vi meu pai praticando a vida inteira. E nossa, ele é muito bom! Sempre foi meu maior exemplo.

Claro que ele também não teve uma educação artística formal. E é um consolo saber que o esforço recompensa sim a classe média baixa (quando existem oportunidades, meritocracia é lindo na utopia dos privilegiados). Mas, meu pai entende dos benditos fundamentos. Eu sinceramente tenho muita dificuldades para lembrar que debaixo da pele há uma estrutura óssea que dita todas as formas.

Tenho compartilhado por um tempo minhas dificuldades com o meu melhor amigo, senhor JJ. Ele é sem dúvidas um dos melhores quando o assunto é manipulação de imagens e iluminação digital. O ponto é que com a ajuda dele consegui fazer em algumas horas algo que eu estava tentando sozinha por meses, sem sucesso.

É clara a diferença entre as duas versões dessa moça de cabelo verde que eu batizei de Luz. Na minha versão solo, são nítidos vários erros de principiante, especialmente o nariz. Na versão pós aula do JJ, ainda há muitos pontos a serem trabalhados, mas ela parece mais coerente com a imagem que eu fiz mentalmente na hora do rascunho.

Eu tento ser uma mulher forte e independente. Já faz alguns anos que eu preciso resolver meus problemas sozinha e isso pode ser bem cansativo. Hoje eu só queria dizer, querido leitor, que tudo bem aceitar ajuda. Especialmente se ela vem de alguém amado que só quer o seu bem. Você pode acabar resolvendo aquele problema que te incomoda há meses em algumas horas, apenas admitindo suas limitações e dando espaço para que alguém segure sua mão e te ensine o caminho.

Eu sei que é um privilégio se entregar a vulnerabilidade, então se você tem essa oportunidade, se permita uma vez ou outra. Pode ser extremamente recompensador.
0
Share
I gonna be just fine

It's october 
and here
the day is gonna rise
in a new summer.

Hot and wet
like it supposed to be
in a tropical country.

And I'm will be
just fine
because the summer
don't need your smile
for to come as the rain.

Even if you don't see me
the summer will
look at me
with the big joy
of the sun.
0
Share

Uma garota escreve cinco cartas de amor para antigas paixões frustradas. A história da Lara Jean começa quando essas cartas são mandadas para os garotos que ela já amou. Eu comecei a minha história como escritora divulgando as minhas cinco cartas neste bloguinho. Com a Lara Jean, sua jornada se transformou no livro Para todos os garotos que já amei. A minha, se transformou em Meus 5 erros favoritos.

Agora o Para todos os garotos é filme da Netflix e Meus 5 erros passou de trinta mil leituras no wattpad. Claro que comparado ao sucesso da Jenny Han, meus leitores parecem um número insignificante, mas eles são imprescindíveis para mim.

Foi uma coisa muita engraçada ver uma personagem tão parecida comigo. E um pouco frustrante porque eu não sou mais uma adolescente como a LJ, mas continuo fugindo para fantasias e escrevendo cartas.

Independente das frustrações, é reconfortante ver o final feliz da ficção e me dá uma certa esperança de que eu não sou um caso perdido. Talvez algum dia alguém se apaixone pelo que eu escrevi. Talvez algum dia eu crie coragem de enviar minhas próprias palavras e consiga alcançar o coração de alguém que já tem o meu.

Especialmente com o filme, olhar para tela e ver uma personagem tomando atitudes que eu tomaria, dizendo coisas que eu diria, VESTINDO ROUPAS QUE EU QUERO, me ensinou muito sobre a necessidade da representatividade. A jornada da Lara Jean fez com que eu olhasse para meu coração, meus relacionamentos e para o meu trabalho como escritora. E tudo isso em um "livrinho" para a massa adolescente. O ponto é que eu preciso ler as continuações. A conclusão é que a literatura é sempre relevante. E no mundo paralelo no qual os livros são a realidade, eu sou a Lara Jean Song Covey.

Leia também:

0
Share

Eu não tenho espaço para sentimentos irracionais no momento. O gostar de alguém não pode ser baseado em um grande nada, como geralmente acontece nas paixões. Olhando para o passado, eu nunca tive motivos para gostar tanto de alguém. E isso é improdutivo.

E por mais que eu goste e aprecie certo cara em aspectos abstratos, precisa ser mais do que isso. Precisa ser. Os sentimentos necessitam sair do campo da ilusão e de fato fazerem algum sentindo para serem alimentados.

Amanhã eu vou precisar acordar as 6h. Hoje só vou poder dormir depois das 2h. Quatro horas de sono e uma frustração que não dá para ser medida. Porque as minhas paixões sempre me deixaram sozinha, mesmo que eu só tenha desejado dividir o fardo com alguém.

Não adianta ranger os dentes, franzir o cenho, espernear histericamente, a jornada é solitária, mesmo quando há companhia. E essa paixão, esses descompassos do coração, pode muito bem se tornar em uma fonte de inspiração para um novo livro, música, obra-de-arte-que-vai-doer-no-coração-da-posteridade.

Os sentimentos são flexíveis. Nem tudo que acreditamos que irá perdurar, permanece até o final. Nem tudo que nasce no coração se revela algo além de ilusão. Salomão escreveu que o amor é tão forte quanto a morte e a paixão tão inflexível quanto a sepultura. Não querendo contrariar o rei da sabedoria, mas a paixão* é tão inflexível quanto o nosso coração enganoso, que hoje jura amor até a morte e amanhã já superou (com a graça de Deus).

*Algumas traduções falam que o ciúme é tão inflexível quanto a sepultura, mas isso é assunto para outro dia.
0
Share


Olá, terráqueo. Eu tenho noção de que tenho ainda alguns leitores neste planetinha azul que volta e meia passeiam por aqui. Venho assumir mais uma vez o compromisso de blogar com toda a sinceridade do meu coração.

Blog é uma mídia falida? Talvez. Mas, eu vou ser a última a abandonar este barco. Orquestra, pode tocar que a gente vai afundar com honra e orgulho. São anos por aqui, afinal.

Mas, hoje eu vim falar de Dumplin', minha última leitura e como a literatura tem esse poder bizarro de ser mais do que entretenimento (caro, porque livro no Brasil é artigo de luxo). 

Willowdean é uma adolescente gorda que está em uma jornada para se sentir em casa na sua própria pele. Eu sempre fui magra e só posso sentir empatia pelo que a protagonista vive. Não quero minimizar a importância de livros com essa espécie de representatividade.

Este ano, a maioria das minhas leituras saiu do padrão pessoas-brancas-magras-olhos-azuis-com-problemas (alô, Colleen Hoover), mas dessa vez não foi com a protagonista que mais me identifiquei, foi com um dos interesses românticos dela.

O rapaz me chamou atenção pelo nome: Bo. E o trecho destacado é basicamente a descrição do meu espírito animal (eu amo essa expressão, inclusive usada no livro). Bo é aquele tipo de pessoa que prefere uma abordagem silenciosa. Mas, isso não significa que ele não se importa. Talvez signifique que ele se importa demais.

Eu não estou aqui para falar da obra. Foi um livro super gostoso de ler e sempre tenho uma satisfação ao terminar uma leitura em outra língua. Mas, foi uma sensação muito interessante encontrar um personagem tão parecido comigo. Isso me levou a entender melhor o que todo mundo anda falando sobre livros mais diversos.

Como escritora, eu meio que ando fazendo personagens rasos. Eu tenho consciência das minhas falhas. Mas, eu quero muito ir por esse caminho. Quero que as pessoas se encontrem nas páginas quando estiverem perdidas. Eu quero que isso seja uma experiência que todos possam vivenciar, não apenas a galera branca-magra-de-olhos-azuis.

Por isso, leia Dumplin'. Leia Amor plus size da Larissa Siriani, que é uma autora brasileira maravilhosa. Leia o meu As cartas que acompanham o sol e me ajude a me aprofundar naquelas personalidades com a suas opiniões. A galera que sempre esteve no centro das tramas é legal, mas nós que na vida real caminhamos pelas bordas, também temos muito o que contar.

P.S.: Eu realmente quero fazer um compromisso de atualizar mais o A vida é poema, sem desculpas e sem promessas quebradas. Volto logo com um plano de ação, mas já agradeço a preferência.

0
Share
Destes olhos não vertem lágrimas
Dessas palavras ninguém irá saber
Se o vento uiva, o que teria eu a dizer?

Se a chuva chora, se o pardal canta, se o sangue jorra
Qual é a importância do homem triste
Que morre aos poucos tossindo sua vida para fora?

Qual é a importância da mãe que cuida da outra cria?
Que significado tem a criança que aprendeu a se calar?
Que diferença faz a família que o retrato não conseguiu conservar?

Se estes olhos não choram
Se o vento não cessa seu soprar
Que diferença faz a dor ou o desespero?
O amor possuí qual apelo?

Se a vida se parte
Se não somos nem brisa nem tempestade
O melhor a fazer é se calar
Só o que pode se fazer, é deixar o vento cantar.
0
Share
I was listen to this song and thinking about you.
No, that's not true. I'm always thinking about you.

He's fine? He's happy? Safe? In love for some another girl? She's better than me?

But, this is not the point.

What I really wish is not your love.
I just wanna feel like was real.
I just wanna be sure that you are real.

Why I'm writing in english now?
Maybe because in all the time I wrote in portuguese you never understand.
I think is a good idea try another way.
0
Share
Olá, você aí do outro lado. Tudo bem? Eu espero que sim. Deste lado está tudo tranquilo. Daqui a uma hora vai ser oficialmente o dia dois, e eu vou entrar na casa dos 23 sem muitos escândalos. É impressionante como o tempo passa, é tão rápido que nem sinto minhas memórias se formarem antes de esquecê-las.

A minha vida agora é maravilhosa e dolorosa ao mesmo tempo. Eu fiz tudo o que sonhei. Tudo que planejei para a minha própria vida eu atingi e isso é algo e tanto aos 23, do século XXI, quando quase ninguém conquista algo.

É maravilhoso viver neste momento, quando eu sinto que estou caminhando por um propósito. Quando eu sei que minhas escolhas foram as melhores que eu poderia fazer.

E é doloroso porque é solitário. Faz dois meses que eu não vejo minha família, e pode não parecer muito, mas para a gente é quase como uma vida inteira. Somos daquele tipo comum e disfuncional, que funciona muito bem com um se apoiando no outro. E eu sinto falta deles. Especialmente das mulheres maravilhosas com quem eu sei que posso contar para tudo. Mamãe e irmãzinha, a gente é feita da mesma matéria prima.

Mas, no fim, eu estou feliz. Por mais que eu tenha caminhado muito, para muito longe, no último ano, eu ainda me sinto eu. Uma eu autêntica que às vezes eu tenho vontade de jogar fora, mas de quem não consigo desistir.

Olha só... mais quarenta e três minutos mais próxima da velhice. Os números param de fazer muita diferença, se você quiser saber a verdade. Todos os dias eu sinto o efeito do tempo ao olhar ao redor e saber que tudo está em constante mudança.

Mas, obrigada. Parabéns para você que, mesmo quando tem vontade de desistir de si mesmo, continua vivendo o efeito do tempo e crescendo com as alegrias e as dores. Parabéns para você que, assim como eu, encontra a paz nas palavras alheias ou nos textos de blogs desconhecidos feitos para o esquecimento inevitável. Todas as felicidades!
0
Share
O que é esse frio na barriga? Esse ciclo de constrangimentos autoimpostos? Eu não quero errar nesse assunto. Eu não quero errar.
Eu tenho esse dom de me esquivar. De sumir sem ser notada. Me camuflo perfeitamente entre cadeiras e pessoas indiferentes.
Às vezes eu penso que não poderei me esconder pelo resto da vida, mas ai vem o frio na barriga e só o que eu posso fazer é correr para o próximo canto escuro.
Eu só queria que tivesse alguém para se esconder comigo. Ando meio solitária.
Mas, mesmo aqui do meu esconderijo, estou em paz. Pelo menos agora a minha companheira não é mais a angústia continua. Ser solitária é melhor do que querer se jogar de escadas.
Enfim, dizem que essa é a vida adulta. Sigo me esquivando.
0
Share
Daqui um mês faço vinte três. De todas as previsões para o fim do mundo, a mais confiável nos dá mais dez anos. Quando recebi essa informação, achei tão pouco tempo. Mas, daqui a um mês vou fazer vinte e três, há dez anos eu tinha treze e isso parece parte de outra vida.

Dez anos não é pouca coisa. Com treze eu ainda não tinha menstruado, me apaixonado, lido Crepúsculo, pintado o cabelo. Nesses dez anos eu passei por cólicas, paixões literárias, cabelo azul e frustrações sentimentais. E eu deixei de ser uma menina, eu nem lembro mais como era ser aquela Ana Paula de lá.

Nesses próximos dez anos, o mundo acabando ou não, eu quero crescer mais. Quero voltar ao meu cabelo longo e natural (por mais impossível que isso pareça). Quero que meus livros vendam tanto quanto Crepúsculo. Quero me apaixonar sem medo, sem as inseguranças da imaturidade.

Faz tanto tempo que não escrevo por aqui que nem sei se consegui ser coerente. Mas, eu queria passar e dizer que o mundo ainda não acabou. A gente ainda tem tempo.
0
Share
Don't trust in the stars because they can't shine at the day.
Trust in you heart because him keep beating anyway.
0
Share
A previsão indica uma probabilidade de muitas lágrimas sendo engolidas. 
De muitos nós congestionados na garganta.
De muitos abraços preventivos.
De músicas antigas embalando novas madrugadas.
De memórias escorrendo pelo ralo.
De novos pavores infundados.
De declarações quase esquecidas.
De rancores superados.

O céu indica, com suas nuvens que caem como se fossem lágrimas, que é hora de dizer até logo.

É hora de ir embora.



0
Share
Amor, foi um pouco doloroso não ver o seu sorriso se abrir quando nossos olhares se cruzaram. Eu já tinha tudo planejado, mas você não seguiu o roteiro. Existe uma expressão em coreano equivalente a garoto maldoso. Ela é tão sonora que eu quero que você pesquise e me imagine te dizendo isso.

Faz meses que eu não te escrevo. Por aqui, devem fazer anos. Mas, naquela última carta eu disse que precisava escrever para outra pessoa. Continuo fazendo isso e é tão bom ter respostas. Foi uma espécie de cura que eu de fato acreditei que tinha te esquecido.

Eu disse: "vamos nessa, deixa ele de lado, sozinha é bom demais para pensar no cara errado" (se eu agora cito música sertaneja? aparentemente). Mas, é claro que você tinha que aparecer no momento mais improvável, naquela hora em que eu não te esperava de forma nenhuma. É muito difícil desistir de você. (Eu realmente gostaria de conseguir escrever em coreano porque tem uma expressão que indica intensidade que caberia muito bem aqui.)

E, caramba amor, eu realmente estou bem. De verdade. Eu percebi que estar solteira é muito bom. As minhas decisões são só minhas. Eu posso fazer qualquer coisa. Qualquer coisa. E eu tenho grandes planos de viver uma vida com propósito nos quais uma família seria meio que uma coisa complicada.

Veja bem, se eu quisesse, poderia mudar para o outro lado do país amanhã. Mas, se a gente estivesse juntos, não seria bem assim. Um casal tende a se estabelecer, se acomodar e eu não quero isso. Acho que nunca vou querer.

Mas, eu ainda quero você comigo. Como não? Você fez meu coração disparar como se eu ainda fosse uma adolescente. Minhas mãos tremeram! E isso só de te ver. Eu sou uma boba. Uma boba apaixonada.

Não é fácil te amar de longe. Mas, tenho certeza que também não é fácil te amar de perto.

Acho que eu só queria dizer que eu estou vivendo muito bem a minha vida. Ainda apaixonada, porque é muito difícil não amar você, porém já me acostumei com a sua ausência. Agora, o estranho seria te ter por perto.

Enfim. Sorria se a gente se encontrar outra vez.
Talvez na próxima carta eu já consiga me expressar em coreano.
Note: eu já estou pensando em outra carta.
Vamos acabar com isso.
Estou exausta de correspondências.
Venha falar comigo.

Com carinho.
0
Share
Eu não sei muito sobre Niilismo. Ouvi dizer que anda na moda, mas com meu conhecimento superficial, posso dizer que entendo de certa forma. Eu já senti isso. Uma espécie de onda avassaladora na qual nada faz sentido. Uma percepção de que nada existe, de que esse corpo não é material o bastante para me provar que a vida é.

Mas, ela é. Eu sou grata pela onda, porque ela vem e logo vai embora. Ela provoca mudanças, e talvez em alguns ela estabelecesse a descrença. Mas, depois de sobreviver ao nada, eu acreditei com mais veemência no algo maior, no Deus, na vida, no amor, na fé.

Isso não me torna alienada, ou massa de manobra, vaca de presépio. Pelo contrário, minha fé é baseada em uma ampla reflexão, na qual a minha razão faz perguntas constantes. O ponto nem é encontrar as respostas. O que importa para mim é sentir que tenho um diálogo com o criador. E é reconfortante saber que eu tenho liberdade para acreditar.

Também é reconfortante saber que as outras pessoas têm liberdade para desacreditar. Por mais que as coisas sejam mais complicadas que isso, é bom viver em um tempo, em um país, no qual podemos escolher.

Às vezes, eu tenho um pouco de medo. Queria que fosse mais simples, que eu me encaixasse em um padrão esteriotipado e pré-estabelecido. Mas, é assim para mim. Já faz um tempo que decidi não esconder o que penso, quando questionada.

Claro, o silêncio ainda é uma boa maneira de evitar discussões existenciais. Mas, em alguns momentos, existem coisas que precisam ser ditas. E hoje eu queria deixar claro que também é bom, sábio, saudável e inteligente acreditar.
0
Share

Mês passado o blog fez cinco anos. É interessante sentir as mudanças graduais do dia a dia. Anos atrás, eu fiz planos para este espaço e deixei de lado. Depois, falei sobre livros como se entendesse do assunto. Com o tempo, outras coisas também se tornaram pauta, como meus desenhos, minhas fotos. Hoje, venho aqui duas vezes ao mês para contar uma história. Este blog é sobre meus sonhos, minhas expectativas, meus gostos e sobre meu coração.

Nunca tive público de verdade. Depois de ter pessoas lendo o que eu escrevo, sei que as postagens aqui são mais para ajudar minha memória. Eu ainda mantenho porque é engradecedor olhar para o passado (mesmo com os erros gramaticais medonhos).

Estou passando um pequeno período na casa dos meus pais e tenho tido tempo. Ainda é estranho esta não ser mais a minha casa, mas depois de administrar meu próprio espaço, entendo a diferença. Mas, nessa pequena pausa, tive tempo para olhar o caminho que trilhei.

A ilustração de hoje é um exemplo de como as coisas se transformam. Mesmo que meus desenhos ainda não possam ser chamados de satisfatórios, essas imagens contam muito sobre como o tempo pode ser bom. A imagem menor, foi a primeira coisa que consegui desenhar com a tablet. Por anos, meus desenhos digitais eram feitos com o mouse, mas naquela época ganhei esse presente.

Foi um pouco desesperador, porque no primeiro teste eu parecia ter duas mãos esquerdas (sendo destra). Como tudo na vida, o desenho digital precisa de treino, tempo para adaptação. E me lembro de ficar muito orgulhosa quando finalmente consegui o domínio para desenhar essa plaquinha com o coração. Minha memória não é precisa, mas acho que o objetivo era retratar essa casinha que minha família construiu com tanta dificuldade. Nosso pequeno lar com paredes amarelas, que cresceu com o tempo, assim como eu.

Semana passada retomei essa ideia. Redesenhar coisas antigas é um bom exercício e me sinto feliz ao notar a mudança. Hoje meu traço é mais solto, mais irrestrito. Ainda desenho bastante usando as linhas, mas refazendo a placa, consegui me livrar delas. Ainda tenho um longo caminho, mas sendo sincera, acredito que nunca usarei a palavra satisfatória com meus desenhos. Mas, eu achava a mesma coisa em relação aos meus textos e já escrevi dois livros! (Isso é sempre surreal.)

Acho que já escrevi demais. Como sempre faço isso com sono, às três da manhã. Mas eu precisava registrar que sinto orgulho do quanto caminhei. Por muitas vezes, foi uma jornada solitária. Mas, tive momentos compartilhados com pessoas amadas. Eu não sei quanto tempo ainda manterei este diário online, mas se ainda existir algum leitor por aí, eu queria dizer que estou percorrendo um caminho de amor. Em breve vou deixar essa casinha amada novamente, mas as placas não mentem. Fique atento para pegar a direção correta. Lembre-se que o melhor GPS é o seu coração.
0
Share
Aqui é muito silencioso. Eu só ouço meus protestos escandalosos contra a solidão, mas quando me aquieto não há ninguém ao redor. Já são seis anos em um lugar que não me pertence. Talvez no fim eu descubra que ninguém nunca realmente chega a pertencer, mas essa cidade não tem mais o que me oferecer.

Mas, ela me deu muito. De lágrimas à galhadas. De amigos eternos a desafetos indiferentes. De sins a nãos. Eu cresci tanto, não literalmente, mas sinto que agora meu coração é maior.

Saí de um quartinho sufocante para este apartamento que tem o meu cheiro, as minhas mãos, meus olhos em cada pedacinho. Fui eu que carreguei minha cama escada acima. Fui eu que coloquei o chuveiro no lugar. Eu assinei os papéis, fiz ligações furiosas, andei de um lado para outro até fazer dar certo. E deu.

Por mais que as angústias tenham sido diárias, a ansiedade, a perca de peso, de cabelo, de senso de realidade, eu consegui sobreviver a isso. Eu me tornei uma adulta completa e, mesmo não sendo um sonho colorido, sei que agora eu posso fazer o que eu bem entender com segurança. Acho que aqui eu aprendi a viver por conta própria. De certa forma, eu deixei de ser uma menina para me tornar uma mulher que, mesmo tremendo de medo, ainda vai em frente com a cara e a coragem.

Querida cidade, dona das minhas conquistas e dos meus fracassos, nunca vou te esquecer. Guarde bem aqueles que eu amo. Não sinta tanta falta, eu ainda volto de visita.
0
Share
Acho que confiro meu email mais de cinquenta vezes ao dia. É como se no fundo eu esperasse que chegasse uma daquelas mensagens "você ganhou um milhão", e que fosse verdade. Como se ao atualizar vezes o bastante finalmente aparecesse uma boa nova, uma carta de amor extraviada, uma proposta revolucionária.

Agora eu sou oficialmente uma desempregada em busca do sonho. É um ciclo paradoxal de angústia, porque eu tenho tanto medo daquilo que eu quero. Tanto medo de que o que eu desejo do fundo do coração se realize. Eu sou uma covarde, mas estou apostando todas as minhas fichas mesmo assim. Eu caminho com temor, mas caminho.

E agora a boa nova é que eu tenho um tempo para terminar o novo livro. Mas, é claro que tem que vir aquele bloqueio criativo. Meu lado autodestrutivo é tão eficiente que eu quase me orgulho. Mas, é escrevendo que eu resolvo o problema de não conseguir escrever. Então estou aqui. Mais uma vez deixando escapar pelas letras o aperto no coração para conseguir respirar novamente.

Naquela caixa de entrada eu tenho tantas provas de que devia desistir de escrever. Eu coleciono nãos. Eu deixo naquela pasta escondida as evidências de que não é o bastante, falta talento, falta paixão genuína. Quem leria algo escrito por alguém que é só metade? Os emails se juntam para responder "ninguém".

Mas, hoje, mesmo incapaz de escrever qualquer diálogo entre o casal da vez, eu não ligo para as negativas. Não me importo com a incerteza do mercado de trabalho. Eu sinceramente só quero escrever. Independente de ser o bastante ou não.

E tem sempre o consolo de saber que aquele meu sonho que me faz tremer as pernas é maior do que as palavras.
0
Share
Sou tão eficiente em medir as distâncias.
Quinhentos quilômetros.
Hoje vou ficar em casa.
Ao atravessar a rua, a dor ainda não é bonita.
O fuso horário faz com que alguns vivam doze horas no passado.
Mais de mil páginas escritas para alcançar o silêncio.
Dois anos atrás eu ainda amava aquele garoto.
Faz mais de duas décadas que eu espero um milagre.

Vou me sentir triste só até que essa música se acabe.
Ele canta que foi destinado,
que essa é a última vez que eles irão se ver,
eu volto o player no início
porque não quero que eles tenham que dizer adeus.

O mundo... parece longe daqui.
0
Share
Texto escrito com F. V. Reis. Nossas conversas são geralmente assim, por isso talvez este texto seja uma grande piada interna. O importante é que nós dois ainda estamos rindo, mesmo não tendo mais vinte e um.

— Sabe o que nós parecemos?
— O quê?
— Duas vadias bêbadas.
Dois nerds conversavam na sacada do apartamento que dividiam.
— Como assim?
— Parece que estamos bêbados, falando sobre ex-namorados enquanto tomamos sorvete na sacada do prédio.
— Exceto pelo fato de que não temos sorvete. E não estamos bêbados.
— E não temos ex-namorados.
Os dois se alternavam escrevendo em um caderno como quem divide uma bebida.
O que dos jovens de vinte e um anos têm de relevante a dizer? Eles nutrem a ilusão de que as palavras escritas de forma apressada no caderno farão diferença na vida de alguém?
Aparentemente sim! Eles dão muita importante a um punhado de palavras.
— Os vizinhos devem nos achar patéticos. Olha bem! Ou estão chegando de um encontro ou estão saindo para mais uma conquista amorosa.
— Estão todos bêbados. Acho que, assim como nós, não estão fazendo grande coisa com a vida que têm. E não corta meu barato. Nunca fui a vadia na vida. Deixe-me ser a vadia pelo menos uma vez. — os dois riem. — Além disso, nem devem saber quem somos.
— É... acho que ninguém sabe. — os dois riem novamente.
— Isso é triste.
— Fazer o quê?! "A vida é uma meretriz que nos fode a todos".
— Ah, não. A vida tem seu lado doce.
— Ok, agridoce.
— Pensa bem: o Sr. Padaria! É sério. Um dia vão erguer estátuas dele pela cidade, e vai ser que nem na Coreia do Norte: as pessoas vão ter de venerá-las. — e, novamente, os nerds caem na gargalhada.
— Ter um crush suga minha juventude, estou dizendo. Estamos ficando velhos demais para isso.
— Mas, não está ficando mais fácil. Até meu cachorro tem uma namorada, e eu na solidão.
— Mas, esse é o ponto, certo?! A gente está tocando a nossa vida. Estamos alimentados, fizemos faxina. Os outros podem até pensar que estamos empurrando a vida com a barriga, mas nós estamos bem!
— Realmente, não faz muito sentindo ficar com qualquer um por causa da carência. Se eu já esperei vinte e um anos, posso esperar um pouco mais para encontrar o amor da minha vida.
— Ou algo melhor. — os dois nerds caem na gargalhada enquanto mais uma música questionável começa a tocar em algum lugar da vizinhança.
0
Share
Eu sempre tenho textos guardados, não verbalizados, escondidos pela capa da insegurança.
E se eu não for boa, santa, curada, feliz, competente, responsável, bela o bastante?
E se alguém notar que eu não sou o bastante?
E se um dia meus textos deporem contra mim no tribunal humano no qual minha consciência é a advogada de defesa? Ela não me condena pelo que o outro vê. Ela tem suas próprias métricas.

Mas, se eu deixo de escrever por medo, tudo perde o sentido essencial. Porque se eu quero viver pela verdade, como posso mentir? Eu realmente não sou o bastante, mas a cada dia me coloco no meu lugar e tento ser melhor. Não melhor exteriormente, mas naquelas partes nas quais a minha advogada interior mais repara. Não mentir, não roubar, não jogar lixo no chão, não gritar. Abrir mão da minha vida confortável, conveniente, previsível para de fato fazer algum sentido. Quando olho bem de perto, não é de fato abrir mão. A vida que eu levo parece a fuga do meu propósito.

Quando me perguntarem o que eu realmente quero, para onde quero, eu não sei de fato. Mas, a cada dia a certeza de que meu papel não é aqui fica mais evidente. Minhas mãos trabalham, mas eu não colho frutos. Não posso continuar de mãos vazias.

Sim, eu sou muito dura comigo mesma. Sim, eu sei que tenho testemunhas de defesa que podem ficar ao meu lado. Mas, não é o bastante. Me resumir a apenas isso é matar as palavras, as promessas, os sonhos, as descobertas. E eu não posso virar as costas para quem me trouxe até aqui. Ele é o único que de fato faz alguma diferença no julgamento.

A sentença? Culpada, mas no banco de réu existe outro sentado no meu lugar. Só preciso achar um meio de parar de decepcioná-lo a cada momento que escolho uma vida prisioneira de mim mesma, negando que a liberdade é me entregar. 

Eu me entrego. Estou com medo e me entrego.
0
Share
É triste pensar
Que fui eu que parti ele ao meio.

Eu o fiz engolir palavras
Que ele rejeitou.

Era uma viajem perfeita
Belamente planejada
Mas eu não me importei com as curvas declinadas
E caímos em cheio no precipício.

Ele podia ter escapado
Mas preferiu ficar comigo.

Para ele, pior do que me ver perder o controle
Era deixar a solidão ser a minha única companhia.
Meu escudo contra a morte.

Por isso, mesmo com uma hemorragia infindável,
Ele se colocou na minha frente
Como uma armadura viva,
Que impediu que eu também sangrasse.


0
Share
Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial

Olá!

Eu sou a Ana. Por aqui você vai encontrar começos de livros, desenhos quase bons e confissões de uma jovem adulta em uma jornada para alcançar algo além do comum. Fique a vontade.
Read More





Arquivo

  • ►  2025 (10)
    • ►  outubro (1)
    • ►  setembro (1)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (2)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2024 (12)
    • ►  dezembro (1)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (1)
    • ►  setembro (1)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (1)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2023 (12)
    • ►  dezembro (1)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (1)
    • ►  setembro (1)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (1)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2022 (12)
    • ►  dezembro (1)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (1)
    • ►  setembro (1)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (1)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2021 (13)
    • ►  dezembro (1)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (1)
    • ►  setembro (1)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (1)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2020 (14)
    • ►  dezembro (3)
    • ►  novembro (1)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (2)
    • ►  fevereiro (3)
  • ►  2019 (18)
    • ►  dezembro (1)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (2)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (2)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (2)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (2)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (2)
  • ▼  2018 (25)
    • ▼  dezembro (1)
      • Como alguém que esqueceu
    • ►  novembro (2)
      • Conjectura
      • Agora é aceitar e me silenciar
    • ►  outubro (4)
      • Estamos em reforma
      • Aceite ajuda
      • Almost summer
      • Lara Jean Song Covey, prazer
    • ►  setembro (2)
      • A paixão não é inflexível
      • Ao se perder, se encontre nos livros
    • ►  agosto (2)
      • A canção que importa
      • "Leave me with some kind of proof it's not a dream"
    • ►  julho (1)
      • Todas as felicidades!
    • ►  junho (2)
      • Ignore esse frio
      • Dez anos
    • ►  maio (1)
      • A poem?
    • ►  abril (4)
      • Agora
      • Eu estou feliz porque eu estava bonita
      • Já que está na moda
      • 5 anos de blog
    • ►  março (2)
      • Adeus aos Patos
      • Desempregada
    • ►  fevereiro (1)
      • Far away
    • ►  janeiro (3)
      • Encontre o amor da sua vida (ou algo melhor)
      • Mesmo que meus textos deponham contra mim
      • Ele
  • ►  2017 (23)
    • ►  dezembro (5)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (2)
    • ►  setembro (1)
    • ►  agosto (2)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (3)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (3)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2016 (56)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (2)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (3)
    • ►  julho (3)
    • ►  junho (13)
    • ►  maio (9)
    • ►  abril (8)
    • ►  março (6)
    • ►  fevereiro (2)
    • ►  janeiro (5)
  • ►  2015 (95)
    • ►  dezembro (7)
    • ►  novembro (3)
    • ►  outubro (5)
    • ►  setembro (1)
    • ►  agosto (11)
    • ►  julho (12)
    • ►  junho (7)
    • ►  maio (13)
    • ►  abril (5)
    • ►  março (10)
    • ►  fevereiro (9)
    • ►  janeiro (12)
  • ►  2014 (86)
    • ►  dezembro (10)
    • ►  novembro (7)
    • ►  outubro (19)
    • ►  setembro (6)
    • ►  agosto (6)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (4)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (6)
    • ►  fevereiro (13)
    • ►  janeiro (11)
  • ►  2013 (45)
    • ►  dezembro (9)
    • ►  novembro (7)
    • ►  outubro (6)
    • ►  setembro (10)
    • ►  agosto (2)
    • ►  maio (10)
    • ►  março (1)

Temas

Ela era meu verão Ele Filmes Fotografia Ilustrações Livros Meus 5 erros favoritos Olá e até logo Playlist Sentimentos de uma Banana Top 5 animação blogstyle com amigos contos crônicas dramas english etc inverno outono passado poemas primavera textos verão

Pesquisar este blog

Copyright © 2019 A Vida é Poema

Created By ThemeXpose