"É quarta-feira, mas isso não importa. Todos os meus dias são iguais."

Foi a setenta e cinco dias.

Amy está totalmente perdida sem a sua melhor e única amiga Júlia. Ela não sabe lidar com a forma como todos a tratam lançando olhares hora de pena, hora de acusação.

Ela sabe o que fez, não há necessidade de acusações. Provocou a morte da pessoa que mais amava no mundo. Pensou em se matar, mas agora apenas vive porque sabe que não merece a paz que viria com a morte. Depois de passar um bom tempo na reabilitação tem de enfrentar novamente a escola... sozinha.

Quando eu vi o título desse livro fiquei louca para lê-lo, mas nunca o encontrava, então finalmente conheci a estória da Amy. Eu não sei se gostei tanto por me identificar com algumas coisas que ela escrevia para sua amiga ou se foi pela própria forma de escrever da autora, o livro é bem pequeno - INFELIZMENTE - mas não tenho do que reclamar. Não é aquele estilo em que o livro termina sem realmente terminar - um pouco confuso isso.

Mas é um livro realmente emocionante, e todos que já perderam um amigo (não necessariamente dessa forma, mas de todas em que é possível perder um amigo...) acabam se identificando.

Também é bem interessante a forma com que a autora estrutura a família da protagonista, é a primeira vez que vejo isso em um livro. Enfim não chorei mas acho que quando comprar ele bonitinho na livraria e relê-lo vou chorar até que as minhas lágimas sequem para sempre.

Ana Marques

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