"Acredite que está tudo bem comigo, e mesmo quando não estiver, ficará bem logo depois."

Charlie está prestes a começar o colegial. Ele não tem amigos ou alguém com quem conversar, porque tia Helen morreu em um acidente de carro e seu amigo Michael havia se matado...

Então ele escreve cartas, não se sabe pra quem, mas uma coisa é clara, ele não pode ser reconhecido porque boa parte do conteúdo dessas cartas deveriam ser um "segredinho".

Quando eu fui classificar esse livro pensei que não deveria ter dado cinco estrelas a nenhum outro porque eles simplesmente não se comparam com as cartas misteriosas de Charlie. A escrita do autor é tão cuidadosa, tão perfeita que eu senti que as cartas eram endereçadas a mim.

Esse livro... nem encontro palavras. Chbosky explora esse mundo que não é adolescente, está além disso, mas esse mundo onde nos sentimos só, e vivemos tragédias, e nossos amigos vivem tragédias, e apenas continuamos, porque a vida é assim. E a sensibilidade que ele transmite em cada carta fez com que eu me sentisse infinita como o Charlie, e foram incontáveis os momentos em que quis consolá-lo.

O protagonista é tão doce, e tem um coração tão grande. Talvez eu esteja sendo sentimental demais, só que os bons livros fazem isso não é!? Nos faz acreditar que os personagens são nossos amigos.

O livro é realmente uma montanha russa de emoções, nos faz chorar de alegria e raiva. E no fim eu simplesmente não conseguia acreditar no que estava lendo. Acho que o mais lindo é que o Charlie segue em frente, e os seus amigos e família ficam ao seu lado.

Eu quase não falei dos outros personagens que também são de uma riqueza impressionante. A espontânea Sam e o divertido Patrick também tem seus segredinhos, e como não é um conto de fadas eles também sofrem um bocado, mas tudo que acontece apenas fortalece a amizade entre eles.

Um livro que fala sobre a vida, a amizade, o amor e o perdão. Realmente nunca vou cansar de relê-lo.

Ana Marques

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