A Vida é Poema
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Li um livro ruim que me trouxe duas unidades de pensamentos bons. Por isso que literatura nenhuma é lixo. O valor muitas vezes é atribuído pelo leitor.

Já que mais um ano vai acabar eu devia falar que foram meses de realizar sonhos. Mas o que aprendi já faz tempo é que viver o que tanto se almeja pode não ser sinônimo de viver.

É tão difícil viver! Não no sentido de continuar, sobreviver é instinto. Mas fazendo presença, registrando cheiros, catalogando sons.

O que posso dizer é que foi um bom ano, mesmo nos momentos difíceis de respirar. É uma boa vida, mesmo dividida com pessoas difíceis de amar.


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Têm dias que esqueço por completo o que pesa. Mas a noite vem e a memória me ataca com os fatos incontestáveis do excesso de espaço.

O silêncio dá medo. Os ruídos de criaturas quase inofensivas me despertam. É tudo demais. Solidão demais.

Porém, tenho alta tolerância para essa falta de estímulos. Fui treinada na escola de deixar para lá. Fica bem, vai passar, um dia o silêncio vai silenciar.

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Estou trabalhando em textos antigos para imprimir mais um livro. O problema com esses é que são escritos que passam longe da ficção, é difícil ler coisas de dez anos e perceber a extensão da minha tristeza. 

Teve esse de título "Cada vez que eu digo não para vida, morro um pouco". Quantas vezes eu já morri, então? Talvez eu nem tenha vivido. Não sei dizer outra coisa além de não. Não, não, não. 

Vivo falando que sou sempre feliz e triste simultaneamente. Não sei com é a vida de outra forma. É como meu olho esquerdo que nasceu defeituoso. Não sei como é enxergar em completude. 

Não sei, não sei, não sei.

É cansativo o looping de medo que me prende tem quinze anos. Mas como parar isso?

Não sei, não sei, não sei. 

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Sabe, sinto que já entreguei tudo que eu tinha, mas continuam me pedindo mais.

Comecei outra faculdade e nela a gente foi estudar sonetos. 

Ainda bem que o modernismo veio para trazer poesia para minhas prosas.


Tudo que pude dar não bastou, continuamos no mesmo lugar.


Estava vendo um vídeo de 30 anos. Dá uma saudade de quando eu nem existia.


Tudo que falo é em tom de despedida.

Pelo menos a chuva veio trazer um acalento para a vida seca, cheia de cinzas.


Eu me recuso a cantar canções simplistas.

Por que eu pediria por algo que já tenho?

Dá-me o único que tenho?

Não. Eu já dei tudo, ficou só Ele para me segurar em minhas tentativas modernistas. 

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Comecei outra graduação de quatro anos. Fiquei durante a semana inteira pensando no que eu faria diferente se pudesse voltar ao passado. Aí decidi começar tudo de novo enquanto ainda posso no presente.

Este é o momento perfeito, o alinhamento para estudar sobre literatura e a língua de outro país. Li, falei e andei o bastante para sentir que esses assuntos me pertencem. Não era assim quando eu tinha 17 e nenhuma esperança. 

Espero que as coisas que ainda tenho dificuldade de acreditar se tornarem possíveis aconteçam no alinhamento perfeito do tempo em que pensarei, sim, chegou a minha vez. Enquanto isso, tenho mais quatro anos para preencher meu tempo e os pensamentos com algo além das minhas desesperanças. 


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Os começos parecem sempre melhores do que todo o fim que sempre chega. Seria tão bom se a gente não estivesse sempre indo para o fim. 

Estou lendo Jane Eyre, uma experiência de identificação transcendental por ser um livro de duzentos anos que retrata com perfeição como é ser uma mulher romântica, crente e maluca. Já ouvi no trabalho que toda mulher é maluca, mas é bom demais quando a maluquice entrega um romance questionável com um feio cheio de palavras bonitas.

Enfim, experiências literárias me levam muitas vezes para o dia seguinte, especialmente quando um feio, sem palavras bonitas, rejeita quem sou outra vez. 

No dia anterior eu me tornei especialista, pelo menos em alguma coisa, não mais em coisa nenhuma, de lugar nenhum, uma ninguém solitária.

Talvez eu devesse continuar a tendência de colecionar diplomas e não coração partidos. Quem sabe no próximo fim eu tenha esse recomeço.

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Estou com medo de que esse seja mesmo o fim. Eu quis partir antes, mas nunca desejei uma despedida trágica.

Demoro tanto para aceitar o conforto. E parece que sempre quando finalmente tomo coragem de abraçá-lo é o momento de deixar ir e começar tudo de novo.

Estou com medo por todos os motivos errados. Como disse Riobaldo, viver é muito perigoso. É tenebroso pensar no não viver. 

Finalmente pendurei os meus quadros. Queria alguém aqui para me abraçar e chamar isso de lar. São dias muito pesados. 


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Já vai virar o meio do ano. Eu não queria comprar uma cama de casal para sobrar espaço.

Estou há meses lendo um livro complicado. Ele torce os meus olhos com a ausência de capítulos. Se Ribaldo fez ou não um pacto anda difícil de ser compreendido.

O ballet dos meus sonhos vem aí na próxima semana. Não tem ninguém que possa me dar uma carona. Ainda que a mediocridade seja o status quo quando coloco as sapatilhas, ainda gostaria de ver como é quando a ballerina é prima.

Eu pedi que Deus me ensinasse a ser pacificadora e ele me colocou no meio de conflitos. Mas é tão difícil, o ser humano só sabe fazer guerra. O que é bom, o que é artístico, o que faz abrir um sorriso não vem de quem puxa o gatilho.

Vem do céu a parte boa. Às vezes quero ir para o céu na esperança de nem precisar de uma coroa. 

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É meio inacreditável que esta hora na semana que vem eu vou ter cruzado o oceano mais uma vez. De onde vim, esse tipo de coisa não acontece. Na maioria das vezes, é cansativo ser a primeira em tudo, ter que desbravar o caminho. Mas nesse caso é bom demais.

Do nada vem uma vontade de chorar sem motivo nenhum. Só uma emoção inacreditável de que eu ainda consigo sonhar (e realizar sonhos). 

São vinte e poucos dias para mudar de novo minha vida e voltar com novas histórias para contar. Ainda me entristeço com os sonhos que acredito nunca realizar, mas esses que são verdade, e continuam a me impressionar, abrem um sorriso no meu rosto e trazem a sensação que nunca mais vou parar de chorar (de alegria desta vez). 

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Estou procrastinando. Não quero ter dimensão do volume de tarefas na minha lista, mesmo tendo. A parte mais difícil é começar, levantar da cama, dar o primeiro passo. Depois é só continuar. Mas eu não sei como começar. 

As grandes alegrias são sufocadas com tanta rapidez. Não sei como eu estava sorrindo há dois dias. Parece que o tempo não aceita ser gasto com felicidade. Aquela velha história de que a gente só é feliz por enquanto. A tristeza é mais duradora. 

Mas não é que eu esteja triste. Só muito cansada, muito ocupada, atarefada. Talvez eu precise de férias. E férias de verdade, sem aquele volume dobrado de trabalho que vem antes para trabalhar só um pouco por quinze dias.

Talvez eu tire um ano sabático e aceite o acolhimento dos meus pais. Nesta altura só faria bem. Talvez. Pelo menos terminei de ler mais um bom livro. 

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Meus sonhos morreram de fome. Não sei dizer se foi culpa minha, se deixei para lá as refeições mais importantes do dia, ou se foi falta de insumo externo. O ponto é que só sinto o encolhimento, indicador da falta de nutrientes do fundo do meu coração que não acredita mais.

Acreditar é uma tarefa muito difícil. É por isso que bastaria um grãozinho de fé. Foi só por um período bem curto que alimentei as minhas esperanças bobinhas, no fundo, nunca acreditei que poderia acreditar.

Mas, por aquele breve período, foi tão bom confiar que ia, sim, dar certo, que eu podia insistir nisso, que agora sinto falta. Sinto falta desse impulso otimista que torna os dias mais fáceis de tolerar.

Por agora anda intolerável. Estou faminta de esperança, intolerante a latente necessidade de a alimentar. 


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O céu daqui é tão lindo. Não me lembro quando comecei a chamar este lugar de lar. As pessoas vão indo e eu continuo a olhar.

Se esse é enfim meu destino, deveria aproveitar.

Aproveita a vida, aproveita com carinho. 

A gente nunca sabe quando vai acabar.

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Eu sou a Ana. Por aqui você vai encontrar começos de livros, desenhos quase bons e confissões de uma jovem adulta em uma jornada para alcançar algo além do comum. Fique a vontade.
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