Próximo fim

Os começos parecem sempre melhores do que todo o fim que sempre chega. Seria tão bom se a gente não estivesse sempre indo para o fim. 

Estou lendo Jane Eyre, uma experiência de identificação transcendental por ser um livro de duzentos anos que retrata com perfeição como é ser uma mulher romântica, crente e maluca. Já ouvi no trabalho que toda mulher é maluca, mas é bom demais quando a maluquice entrega um romance questionável com um feio cheio de palavras bonitas.

Enfim, experiências literárias me levam muitas vezes para o dia seguinte, especialmente quando um feio, sem palavras bonitas, rejeita quem sou outra vez. 

No dia anterior eu me tornei especialista, pelo menos em alguma coisa, não mais em coisa nenhuma, de lugar nenhum, uma ninguém solitária.

Talvez eu devesse continuar a tendência de colecionar diplomas e não coração partidos. Quem sabe no próximo fim eu tenha esse recomeço.

Ana Marques

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