A Vida é Poema
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Querido Amor,

Você sabe o quanto me magoa te ver tão de longe? Só piora você ficar cada vez mais lindo. Isso é tão pessoal, mas parece que nossa geração precisa se expor. Por que ficamos procurando expectadores para as nossas tragédias? Eu não sei. Só sei que quero te escrever por aqui. Então lá vamos...

Na rotina nem tenho tempo de sentir sua falta, mas diariamente existe aquele momento. Aquele em que eu desejo você aqui, eu aí. Diariamente. Às vezes até me perguntam sobre você. Sou sempre vaga, nem tento explicar nossa relação, as pessoas tiram suas próprias conclusões, e pronto. Não faz diferença o que elas pensam. 

Mas a saudade faz toda a diferença. E, às vezes, é um trabalho árduo não abrir meu coração para outro. No fim estamos sujeitos a isso: aos caprichos do coração. Mas o meu é tão seu, há tempos. Não é realmente um esforço deixá-lo nas suas mãos. 

Faz dois meses que te escrevi uma carta enorme no papel. Foi uma noite tão triste. Eu só queria tanto dizer que você é especial, que existe um potencial tão grande para bondade em quem você é, no que você faz. Espero que você não se esqueça. 

Depois dessa carta eu não escrevi mais. Nela não usei meias palavras ou mistérios. Apenas falei tudo sobre nós, e assim esgotei meus dramas por um tempo. Aquela carta é só nossa. Mas, é sempre tão embaraçoso. Geralmente aprecio deixar as pessoas no escuro. Eu gosto quando ninguém sabe o que realmente penso. Mas eu quero que elas saibam sobre você. Do meu jeito. 

Mas, desde aquele dia, eu tenho escrito outras estórias. Sempre começo pensando em você e, de repente, já estou falando do Nicolas, do Gustavo, do George, do Benjamin. Todos eles são você, e não são. É mais uma aura com o seu nome, algo que permeia minhas ficções. Você faz presença de longe. 

E com tantas estórias, eu preciso de coragem para escrever a nossa. Aos poucos. Do nosso jeito. Prometo tentar. Prometo buscar coragem. Prometo te amar. 

Ana
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Tudo pode ruir em uma confusão alucinógena. 
Desde que me reste essa música tudo vai ficar bem. 
Você já teve isso? Uma música só sua? Uma que fala dos segredos da sua alma? Uma que o seu corpo dança naturalmente no ritmo conhecido da vida?
Talvez sim. Ou não. 
Às vezes eu canto Candura, Monte Castelo ou Maurício. E às vezes eu danço Inestimável, Rio Torto ou Fuga. 
E às vezes eu escolho uma música para dançar com ele. 
Mas essas que eu escolho para o moço dos cabelos cacheados são sempre sobre saudade. Aí mudo a faixa. Passo para alguma alta, que me faz questionar se eu escutaria o fim do mundo caso ele visse essa noite. 

E assim, no não pensar, eu mudo as faixas e os tempos verbais. Para não pensar eu componho e tento viver da minha arte. Eu tento ser doce, doce, doce, na amargura da saudade. 

Às vezes peço perdão pelos clichês que não consigo evitar. Mas depois eu me torno um clichê materializado na frente de mais um diário que insisto em divulgar. 

No fim eu tenho uma vontade vergonhosa de buscar um dueto mais alegre. Seria bom viver em uma comédia, enfim. Será que faz sentido? Usar metáforas para confessar um amor inacabado? Escrever, cantar e dançar canções sobre uma paixão falida? Pedir "a esmola de um tiquinho de atenção" para encontrar uma solução em uma equação redundante sobre sentimentos? 

Talvez. Ou não.
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Pelo feixe de luz a poeira podia ser observada em uma dança preguiçosa. A cama bagunçada era convidativa. Pelo chão notava-se todo tipo de coisas: livros, roupas, bolsas, lixo. O caos externo era uma reprodução da confusão interna.

Saiu para a sacada, buscando algo, mas o sol estava forte, cegava qualquer indício de pista que poderia encontrar pela rua, ou nos outros apartamentos, ou no céu, ou Deus sabe mais aonde poderia encontrar.

Mas o que buscava? Um amor? Não, muito doloroso. Uma oportunidade? Não, muito passivo. Uma esperança? Não, muito otimista.

Ela buscava um propósito. No amor, na guerra, na ignorância, na loucura. Ela precisava de uma resposta para o-porque-de-estarmos-todos-aqui. Não precisava de uma grande réplica. Ela estava aqui para ser feliz? Triste? Para ser amada ou amar? Para comer? Compor músicas? Escrever?

Mas ela ainda precisava de um porquê. O porquê que seria um caminho, um ponto de certeza em meio a confusão. Assim ela teria uma razão para limpar a poeira, jogar fora o lixo e achar lugar para a bagunça. Teria um motivo para não voltar a dormir e finalmente arrumar a cama.

Mas essas divagações não faziam muito sentido. O sol estava forte demais. E era tão mais fácil apenas fechar a cortina e voltar a dormir. Era mais fácil não fazer nada do que se lamentar sobre seu vazio existencial. 
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Imagem: Reprodução
Faz tempos que não posto uma resenha, e de filme nunca nem cheguei a escrever para o AVeP. Mas, depois de ver essa obra maravilhosa na diva Netflix fui pesquisar. Como não achei nenhuma resenha legal, aqui estou. 

Eu nunca gostei muito da Mulan. Fisicamente, ela é a princesa mais parecida comigo. E minha mente de criança não achava justo ter de ser a princesa que se vestia de homem e ia a guerra na hora das brincadeiras. Mas hoje entendo a importância dessas protagonistas. E nesse filme a força de Mulan fica mais evidente. 

Mulan: Rise of a warrior é um filme chinês de 2009. Ele é bem diferente do da Disney. A única semelhança entre as obras é que Mulan toma o lugar de seu pai na guerra. A partir daí percebemos que a heroína já é bastante habilidosa, e que a guerra é mais complicada e brutal do que em qualquer animação.

O filme tem uma forte carga emocional. Com cenas brutais, é difícil acreditar em alguns momentos que a guerra possa ser vencida. Os pontos fortes do longa são as atuações. Com diálogos que entregam a emoção que se espera do contexto. 

Algo que me incomodou foi a montagem do filme. Não estou acostumada com produções chinesas, então não sei dizer se é um aspecto comum em outros filmes. Algumas transições me faziam lembrar que era apenas um filme. Outro ponto negativo fica por conta do antagonista. Não chega a ser um problema real, mas o vilão é bastante caricato, algo que não é necessário para trama. 

Durante o filme existem várias surpresas, incluindo o final. Quase derramei algumas lágrimas. É interessante nessa nova fase onde os filmes principescos estão ganhando adaptações com pessoas (com a trama exatamente igual as animações), assistir a algo que realmente retrata a realidade. Se Mulan não fosse apenas uma lenda, acredito que a história seria bem semelhante a esse filme. 

Na netflix só encontramos a opção legendado. Eu recomendo, vale a pena, mesmo com o idioma tão diferente. Acho que precisamos sair um pouco do modelo americano de cinema. Estou trabalhando para isso. 

Assista se você gosta de filmes de guerra. Fuja se você odeia finais realistas e está procurando por um final "e viveram felizes para sempre". 

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Sim, amadas criatura de todas as galáxias, o A vida é poema tá aniversariando <3
São três aninhos em que ele passa por reformulações, crises existenciais, leitores turistas e os fieis. Esses anos passaram muito rápido, mas é quase uma eternidade considerando que meus projetos pessoais tem, geralmente, a duração de dois dias. 

Nesse tempo foram 235 posts feitos com amor, ódio, tédio, paixão, solidão... O AVeP cresceu e deixou de ser apenas sobre meus sentimentos pessoais ou minha visão de mundo. Hoje ele é um projeto maior que (juro) ainda tem muito a crescer. 

Tenho que agradecer a todos que comentam, elogiam, compartilham e me incentivam. Quero agradecer especialmente a meu leitor beta divo Magrão, você é o melhor <3
E obrigada a você que lê, essa é a parte mais importante. 
Obrigada, obrigada, obrigada!

E para comemorar vou sortear na página do blog (que demorei três anos para criar, mas agora tá lá) uma ilustração digital. Sim, o ganhador será ilustrado por euzinha. Que privilégio... mas vocês merecem <3

(Estou tão fofa hoje.)

Tá Ana, mas como que participa?
É só compartilhar o post da promoção no facebook (clica aqui ó) e pronto, só ir em promoções e escolher a opção participar. Simples <3

Esses três anos foram surpreendentes. Espero que mais três, seis, vários venham por aí. 
Mais uma vez, obrigada. 

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Às vezes não se parece comigo. Parece um termo maior e distante. Sou como as outras que vieram antes? Elas parecem maiores. Elas lutaram pelo que tenho hoje. Eu, na maioria das vezes, luto apenas pelo controle da televisão com minhas irmãs. 

Mas, sou grata, imensamente. O meu mundo é muito bom e, quando algo ruim acontece, eu tenho liberdade para buscar auxílio. Graças a quem esteve na luta antes. 

Em alguns momentos eu me sinto uma lutadora. Em alguns momentos me olho no espelho e me surpreendo com uma força que desconheço, algo que vem do fundo do meu coração. Às vezes sinto-me linda, deslumbrante. Às vezes acho que posso conter o poder que a palavra mulher possuí. Em alguns momentos acredito que honro essa palavra.

Na maior parte do tempo ainda me assusto com esse poder. É estranho ser uma (jovem) mulher. Por toda minha vida sempre fui tão menina, frágil, dependente. Mas, gradativamente, eu me tornei essa força desconhecida. Aos poucos eu aprendi como ser independente. Aprendi a ser feliz sozinha. Aprendi, com minha mãe, a ser determinada. Com minha avó, a ser de bem com a vida. Com minhas irmãs, a ser compreensiva. E, mesmo com todas as coisas ruins, é maravilhoso ser essa pessoa. É maravilhoso possuir essa força.

Eu amo quem sou.


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Olá!

Eu sou a Ana. Por aqui você vai encontrar começos de livros, desenhos quase bons e confissões de uma jovem adulta em uma jornada para alcançar algo além do comum. Fique a vontade.
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