A Vida é Poema
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20 de janeiro. Tenho a impressão de que esses serão meus últimos dias de férias em um longo tempo. Semana passada falei para minha mãe que eu nunca quis isso: ser adulta. É uma chatice se você quer saber o que eu realmente penso sobre envelhecer. 

Claro, ainda sou jovem. Mas, obviamente, a tendência é que isso se acabe em alguns anos. E realmente me apavora não saber o que fazer a seguir. Realmente surto só de pensar em tomar decisões definitivas nos próximos meses. Não sei nem se vou querer almoçar mais tarde, quanto mais o que farei no próximo ano. 

Então eu quero aproveitar essa madrugada para ser irresponsável só mais um pouquinho. Sem comer ou dormir direito uma ultima vez. Escrevendo até o amanhecer e postando sem revisar (isso que é viver no limite). Vou tentar viver mais um pouquinho como a pessoa que eu era alguns anos atrás. 

Mas já não é mais a mesma coisa. Não troco mais o mas pelo mais. Não leio 100 livros por ano. Não saio todas as tardes para tomar sorvete. Não fico imaginando como espetacular seria a faculdade. A minha principal preocupação não é mais se minha série favorita será renovada ou não. 

Agora eu já estou concluindo a faculdade. Agora tenho que me preocupar com o aluguel. Agora eu sou gente grande. E para ser bem sincera vou aproveitar as poucas horas que ainda posso dormir antes do trabalho. 


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É lamentável estudar dezesseis anos para terminar um texto com: o amor, eu não entendo (quem disse que é para entender?). Mas são fases, tenho dessas em que penso que sou espetacular. Penso. Talvez um dia eu me torne uma escritora, ou uma jornalista, ou uma designer, ou uma fotógrafa, ou uma professora, etc. Talvez, um dia, eu descubra finalmente o que quero fazer. A verdade é que quero fazer várias coisas, mas sou limitada. Triste. 

Mas é engraçado ler antigos textos e perceber o meu medo por trás de certas frases. Como se alguém fosse se importar com por quem tenho uma queda. Como se eu realmente me importasse com a opinião alheia. Como se eu tivesse uma queda por alguém que está na minha lista de contatos. (como seria bom se as coisas fossem simples assim)

Às vezes penso que estou velha, vinte anos! Mas depois começo a planejar os próximos anos e percebo que sou tão jovem, tão inexperiente, tão tola. Sei que vai chegar rápido a velhice, ela vem logo ali. Está tudo bem, contando que o meu plano para os próximos anos me adicione na lista de contatos. 

Mal posso esperar para reler esse texto e rir da minha prepotência de usar frases como: a velhice vem logo ali. 

Menina tola!
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Nesse momento eu devia estar escrevendo um romance. Quase uma comédia. Mas estou com tanta raiva acumulada e tão desapontada que é melhor deixar para depois. Talvez seja a T.P.M., ou talvez eu só esteja usando essa desculpa para não me passar por louca. 

Semana passada li um livro que os protagonistas demoravam quarenta (QUARENTA!) anos para ficarem juntos. Mas o ponto é: eles terminam juntos. Eu sempre quis ter um final feliz com alguém. Mas fico cansada só de pensar que estou no início. Nem encerrei o terceiro capítulo e o que o meu coração mais quer é o que está no final. 

Claro, a vida não é um conto. Isso que diferencia esse texto dos outros. Sem fantasias (ou com algumas para passar o tempo), sem mentiras (ou com algumas para facilitar a vida e economizar tempo), apenas a verdade. A vida é composta por fatos e em tramas reais o final é sempre a morte, não o beijo que nos livra dela. 

Talvez essa ansiedade sufocante tenha origem na incerteza. Eu faço planos, mas sempre termino em um lugar totalmente diferente de onde deveria estar. Soa patético dizer que eu queria era estar do lado de alguém? Talvez, mas não somos bons sozinhos (também não somos bons acompanhados, mas é mais fácil tolerar nossa incapacidade quando estamos felizes). 

Sim, eu sei que a felicidade precisa ser algo individual inicialmente, para depois ser compartilhada. Mas a cada dia torna-se mais difícil conquistá-la. Talvez seja só comigo (a única, destruidora do universo, plantadora de Groots, entendedora de Wookies, etc), mas no nosso mundo onde tudo está exposto é difícil encontrar a felicidade em coisas mais simples, aquelas que não conseguimos postar no instagram ou no snapchat. 

Mas eu fico feliz porque quando estou angustiada sempre tenho uma escapatória, uma solução: escrever. E quando escrevo, pode ser que as coisas continuem sem fazer o menor sentido, mas ao menos não me sinto mais sozinha. Quando escrevo ao menos, por alguns minutos, deixo de desejar o final feliz e crio o meu próprio. Isso é maravilhoso, o poder de juntar famílias, evitar tragédias, salvar o mundo, distribuir beijos de amor. Tudo isso porque a minha criatividade permite. E por fim está tudo bem nada ir bem, contado que nos livros eu possa encontrar um final feliz. 


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Eu gosto de viajar, mas detesto terminais rodoviários. São sempre cheios de "assuntos inacabados" e pessoas desconhecidas aguardando o momento da partida. Meio que como a vida e etc.
Depois, quando chega o ônibus, precisamos sentar e confiar que só vai demorar mais um pouco, logo estaremos lá.
Nos dias chuvosos quase que não há nada para se ver pela janela, exceto os padrões da água no vidro lembrando tanto as linhas em minhas mãos.
Mas o que viagens possuem em comum é a saudade. Ou ela encurta ou prolonga. Mas no fim se encaminha para reencontros. E não existe nada melhor que abraços de reencontro.
Só me sinto triste por estar agora em um ônibus, com a chuva embaçando a paisagem, sem ninguém ao meu lado, sem ninguém para reencontrar no meu destino.
Boa parte da minha vida é uma sucessão de situação que poderiam significar algo, mas que acabam sem sentido. Como essa viagem: qual o sentido se ela não me leva para ninguém? Qual?
Sinto saudades. Gostaria que existisse um ônibus que fizesse a volta e me levasse para o passado. Gostaria de poder reencontrar alguém que não existe mais nesse presente. 

Que saudades!
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Essa necessidade por outro alguém é complicada. Algo que é tanto físico, quanto emocional, às vezes consome o meu bom senso.

Antes eu pensava que entendia esse conceito. Pensava que era apenas uma vontade de estar com outro alguém. Mas aqui, nesse lugar, olhando a janela que dá para a madrugada, sinto uma necessidade. Uma urgência de ouvir uma respiração que não a minha. De sentir outras mãos. Ouvir uma voz que caminha em outra linha de pensamentos.

A sinceridade desse momento é desconcertante, porque é assim que percebo minha solidão. E não apenas isso, mas a total desolação de não ter esperanças de que as coisas possam mudar. Nesses momentos a autopiedade é uma companheira fiel. Me permito também a idiotice de revirar o passado, buscando vestígios de algo que não fez diferença.

O pior é sentir que a razão de tudo isso é que não existe alguém que queira estar aqui. Ninguém quer minhas mãos para si. Ninguém quis.

Toma solidão, vamos de mãos dadas observar a madrugada. Mais uma vez.
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Olá!

Eu sou a Ana. Por aqui você vai encontrar começos de livros, desenhos quase bons e confissões de uma jovem adulta em uma jornada para alcançar algo além do comum. Fique a vontade.
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