Uma carta de amor à um mundo deserto

Meu belo e querido mundo solitário e vazio... hoje eu tive vontade de não dormir. Vontade de escrever sobre qualquer absurdo que me despertasse revolta ou qualquer sentimento que me rendesse um bom texto, porém já não é mais tempo de dramatizar. 

Mesmo com alguns erros ortográficos eu construí meu refúgio por cima de palavras que jamais irão mudar. Essas palavras são quem eu fui, quem eu espero ser, e permanecem, mesmo que todo o resto acabe se transformando radicalmente. Eu não quero mais ser escritora, ou algo assim, porque percebi que quando escrevo estou apenas discorrendo sobre situações que invento. Em suma meus textos só contém verdades quando falo sobre emoções, porque mesmo que eu não tenha vivido uma grande tragédia ou um grande amor eu já senti que era assim (os sentimentos sempre parecem maiores do que realmente são). Agora eu quero apenas viver, eu sei que já escrevi isso mas dessas vez quero que seja diferente. Quero parar de pensar em como as palavras irão soar e simplesmente dizer seja lá o que for de importante.

Meu querido mundo abandonado cada texto antigo faz parte de mim, só não sei se no futuro as palavras ainda serão parte de quem eu sou, como foi no passado. Eu prometo escrever, só não prometo me importar realmente com isso.

Ana Marques

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