A Vida é Poema
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Desenhar é uma atividade que demanda bastante tempo. E, mesmo amando ilustrar, na rotina sempre deixo para depois minhas ideias. Por isso projetos como o Ilustra Day são tão importantes, para estimular a criação. 

Esse desafio foi muito complicado. Eu queria fazer algo diferente, mantendo o mesmo esquema de cores que já uso nos meus desenhos livres. Não gostei 100% do resultado, mas achei o contexto em si legal. Quero um dia escrever um pouco mais sobre essa sereia, e como ela ficou presa. 

De qualquer forma, é sempre bom praticar...
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Imagem: Reprodução
The Boxtrolls é uma animação americana de 2014, baseada na série de livros Here be Monsters, de Alan Snow. O filme tem criação do estúdio especializado em stop-motion, Laika, que também é responsável por Coraline. Na obra acompanhamos a história de uma cidade que é atormentada pelos Boxtrolls e como essas criaturas acabam "adotando" um bebê. 

A animação, no geral, não recebeu críticas muito positivas. Em alguns momentos o filme se torna arrastado, mas não é motivo para dizer que não vale a pena assistir. Sou muito fã de trabalhos em stop-motion, e a Laika tem uma identidade própria, uma tendência de misturar o bizarro com a inocência infantil. Essa identidade é perfeita em Coraline, e mesmo que BoxTrolls não se compare, também resulta em um filme único, completamente diferente do que geralmente assistimos nas animações americanas. 

Eggs, o bebezinho na foto, é um protagonista adorável. Os trolls são muito engraçados, constantemente comparados com minions, são feios de uma forma fofa (e são mais legais, não gosto de minions). Winnie, a garotinha que acompanha Eggs, é irritante e divertida ao mesmo tempo. 

Enfim, é um filme sombrio e muito divertido. Com traços particulares, é notável o trabalho que foi desenvolvido. Definitivamente uma animação fantástica, mas os adultos vão apreciar mais do que crianças.  


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Passo a passo de como sufocar uma flor:
  • Não regue 
  • Deixe a janela fechada 
  • Não preste atenção caso as cores começarem a sumir
  • Se ela parecer murcha, procure outra flor 
  • Quando por fim o perfume, a essência que sobrou da glória primaveril de antes, te lembrar de como ela era, conforme-se com o agir da natureza. A despreze como se ela nunca tivesse enchido seu quarto/sala/mesa-de-jantar de uma delicadeza singela.
P.S.: Esse texto não é sobre flores.

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Imagem: Reprodução
The Help (Histórias Cruzadas) é um filme de 2011 dirigido por Tate Taylor ambientado nos anos 60. A trama gira em torno de um grupo de ajudantes negras e como elas são tratadas pela sociedade do estado de Mississipi da época. Esse é um resumo muito superficial, mas acredito que quanto menos se sabe sobre o filme mais ele surpreende. A história é baseada em um livro que pretendo ler em breve.

Durante o filme acompanhamos especialmente a relação entre Skeeter e Aibileen. A primeira uma aspirante a jornalista e a segunda uma ajudante. Com essa relação enxergamos a perspectiva de ambos os mundos, que são entrelaçados, mas, completamente distintos.

Chorei do início ao fim. Sempre choro em filmes que retratam o pior da humanidade e como isso pode despertar, também, nosso melhor. É nos momentos mais impossíveis do filme que nos deparamos com as melhores lições.

Essa é uma obra repleta de reflexões que precisam ser levadas para nosso dia a dia. Mesmo se passando em uma época e local totalmente diferentes o filme conta com questionamentos atuais.

Está na minha lista de favoritos e  acho que todos deveriam assistir. (está na Netflix!)

P.S.: É esse o jornalismo no qual acredito o no qual quero atuar. 
P.P.S: Assista o trailer apenas se amar spoilers. Fico revoltada que um vídeo de dois minutos entregue todo o conteúdo de duas horas.
 
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Aquela foi só mais uma de muitas noites em que o tempo havia passado sem que eu notasse. A luz do amanhecer entrando pela sacada não foi uma surpresa. E havia tanto a se fazer no dia que eu só podia desejar que essa claridade demorasse mais algumas horas. 

Vesti meu uniforme diário: jeans e camiseta com frases que só eu entendo, e quando olhei no espelho vi aquele tipo de cara que parece não se importar com nada, mas que na verdade é um pouco inseguro. Saí deixando o caos do apartamento para trás. Como as pessoas conseguem se manter organizadas? Ainda é um mistério. 

Descendo as escadas a vi pela primeira vez. Rebeca, é esse o nome. A amiga exigia sua atenção para que as caixas que carregavam não sofresse nenhum acidente pelo caminho. "Ela é tão linda", foi a primeira coisa que pensei. Ela estava sorrindo, tão cedo pela manhã. Como não amar alguém que faz você ter vontade de sorrir pela manhã? 

Eu disse: bom-dia-bem-vindas-sou-o-(perdedor)-morador-do-401-meu-nome-é-Frederico. Esses nomes compridos que ninguém usa, Fred é sempre como escolhem me chamar, mas ela era diferente. Ela disse: que-bom-te-conhecer-Frederico. Igualmente, Rebeca. Muito bom. 

Então dia após dia, eu ia para meu trabalho que mal pagava meu aluguel, estudava com se eu tivesse alguma noção do que eu realmente queria para vida, e me apaixonava pela garota que morava em frente. 

Às vezes a amiga sumia por semanas, e bem no início da noite, antes do horário das aulas, eu ouvia uma melodia baixa soando pelo corredor. Beatles, eu sorri ao reconhecer minha música favorita. E era sempre tão bizarro, eu sorria e sorria. E sim, meus dilemas são classe média, burgueses, mínimos comparados a reais tragédias. Mas, a minha vida era medíocre demais para que eu sorrisse tanto, para que alguém, sem nem tentar, mudasse toda a articulação do meu rosto. 

Você já reparou como um rosto muda quando alguém sorri? Dos olhos ao queixo, eu sentia que era bom sorrir. E ela sorria de forma adorável quando tinha sorte de vê-la pela faculdade. Olá-Frederico-e-um-sorriso. Quanta sorte!

Então, em um sábado silencioso, desses no fim do semestre em que o bairro inteiro fica vazio, ela veio na minha porta. Me convidou para uma festa, me contou que improvisariam uma churrasqueira na sacada. Eu fui, e naquela sala menor do que posso descrever, onde só havia espaço para um sofá no exemplar idêntico onde eu vivia, vi uma completa e impressionante bagunça. 

As pessoas andavam por todos os lados, e eu  tentava absorver o espetáculo de cores em cada canto. Era como estar em um universo paralelo. Às vezes ainda me pergunto se não caí em uma fenda no espaço e estou apenas vivendo a vida de outro Fred tão melancólico quanto eu. 

Mas, eu não sou muito de festas. Estava apenas pensando em algo para dizer a Rebeca e logo voltar para minha cama, quando ouvi a música. Quando a vi dançar. Eu só conseguia pensar: "céus, ela é maravilhosa!". 

Ela estava dançando como se ainda fossem os anos setenta, e todos começaram a se levantar para acompanhar. Foi então que ela veio na minha direção. Sorria daquele jeito, do queixo aos olhos, e pegou a minha mão.

E, de repente, eu estava dançando como se ainda fossem os anos setenta também. E estávamos cantando: "Será que vamos conseguir vencer?". E estávamos nos beijando. E estávamos sorrindo. E eu não estava mais melancólico. 

Ela é maravilhosa.

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Segundo minha conta no skoob, já li 259 livros na vida. Estimo que o número correto esteja por volta de 265, tanto pela minha memória que não é confiável, quanto pelo número de livros independentes que não estão catalogados por lá. Esse número me parece pouco, mas supera e muito a média de leituras das "pessoas normais". O ponto é: já li tanta coisa que nem consigo me lembrar da metade. É necessário um livro muito bom para ficar registrado. E cada um dos volumes Rainbow Rowell ficam grudados na minha memória.

Eleanor & Park não é meu favorito da autora, mas é uma obra espetacular. Fugindo do modelo de literatura enlatada que temos hoje, Rowell conta uma história com protagonistas completamente fora dos padrões. Eleanor não é magrinha, não tem o cabelo lisinho e não fica pensando apenas em garotos. Park não é atlético, não é 100% nobre e não é o tipo por quem as garotas suspiram. E esses dois podem ser espelhos para todos que já se sentiram excluídos e que pensaram que os problemas fossem grandes demais.

Park acredita que a melhor maneira de sobreviver ao ensino médio é fazer o possível para não ser notado. Eleanor chega a cidade, e mesmo tentando não chamar atenção, suas roupas diferentes, seu cabelo ruivo enrolado, torna impossível a tarefa de passar despercebida. O caminho dos dois se une quando, no ônibus escolar, o único lugar disponível para a novata (Eleanor) é ao lado de Park.

O relacionamento deles se desenvolve com naturalidade. A autora possuí um talento para tratar de assuntos complicados com sutileza. O único ponto negativo é que (em todos os livros que já li dela) Rowell deixa os finais muito abertos. Eu gosto da trama amarradinha e, mesmo gostando imensamente do livro, sinto falta de uma conclusão.

Eleanor & Park é uma leitura leve, mas que trata de assuntos profundos. O romance aqui é tão lindo quanto a capa. Recomendo, super vale a leitura. 

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Existe uma cultura que nos ensina que a modéstia é uma excelente qualidade. Mas, será mesmo? Será que é errado termos orgulho de quem realmente somos, daquilo que criamos? 

Às vezes o medo faz com que escondamos o nosso próprio coração. Para sermos "educados" mascaramos os sentimentos. Mas, com todos os meus longos vinte anos de experiência,  aprendi que não há nada de errado em expressar o que realmente passa pela nossa mente. 

Sem deixar de lado a etiqueta, sinta-se livre para estar feliz, triste, irritado, apaixonado, de TPM, com um cansaço de semanas acumulado. Vamos ser mais sinceros para manter nossa sanidade em dia. 

E... tudo bem abrir o coração, de vez em quando. Tudo bem ser vulnerável, de vez em quando. Tudo bem ser, de vez em quando. 
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Song of the sea é um filme de animação irlandês de 2014. Com direção de Tomm Moore, é inspirado em uma lenda irlandesa/escocesa. Indicado ao oscar 2015, usa técnicas tradicionais de animação. O filme acompanha a vida Ben e sua irmanzinha Saoirse, focando no relacionamento familiar que precisa encontrar um novo dinamismo após o desaparecimento da mãe. 

Com uma linguagem muito particular, somos apresentados ao mundo encantado escondido nas histórias contadas pelos pais de Ben, antes da hora de dormir. De uma forma gradual a magia é incorporada ao filme e ao relacionamento familiar. 

Há uma clara representação de como os adultos são vistos pelas crianças tanto na construção do pai e da avó de Ben, quanto nos protagonistas das fábulas que permeiam o filme. 

Com um traço delicado e um uso de cores cuidadoso, além de mergulharmos em uma trama emocionante, somos apresentados a um espetáculo artístico impecável. 

O final é surpreendente e traz uma "moral da história" imprevista em suas entrelinhas. 
Um filme para adultos, crianças e deve ser compartilhado sempre. 

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Olá!

Eu sou a Ana. Por aqui você vai encontrar começos de livros, desenhos quase bons e confissões de uma jovem adulta em uma jornada para alcançar algo além do comum. Fique a vontade.
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