Daqui da bolha


Faz tanto tempo que não escrevo. Talvez eu precise do desconforto como musa. Mas hoje refleti um pouco sobre o que ando fazendo de errado.

As coisas por aqui são muito cíclicas. Estou sempre fazendo as mesmas perguntas e chorando pelas mesmas dores. E se o ambiente muda, o problema deve ser eu.

Por isso, acho que no fim eu ainda não sei o que de é de fato amar. É renúncia? Espera? Esperança? Compaixão? Uma junção de tudo que é bom?

Mas, como saber? Eu sei que, independente de atitudes, o que eu sinto pelos que me são mais queridos não se esvai, mesmo que sofra momentos de incredulidade. Então talvez o amor seja continuar.

E se eu continuar talvez eu descubra. Agosto está quase no fim, em 2019, a floresta está queimando e eu quase não dormi. Talvez o amor seja ainda estar aqui. No não desistir a gente ama o que sobrar. Saindo da bolha talvez a gente encontre um jeito de realmente amar.

Ana Marques

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