É quarta mais uma vez

Caramba! É mesmo 2017? Eu tenho mesmo vinte e dois, VINTE E DOIS, anos? O tempo me deixa a cada dia mais confusa. Às vezes, fico pensando como as pessoas no futuro nos enxergarão. Somos os novos anos vinte? Vai saber...

Estava mais uma vez lendo os textos antigos. É estranho pensar no volume de palavras que tenho acumuladas. Quero dividi-las. Antes eu escrevia só para mim, mas já sou solitária demais para tornar a arte mais uma atividade introspectiva. A poesia é para ser sentida, os desabafos verbalizados, os livros emprestados. Nós não escrevemos para terminarmos esquecidos em estantes.

Talvez por isso eu esteja me empenhando tanto em finalizar os volumes que já comprei. De clássicos até romancinhos clichês. Quero dar a esses autores mais do que só dez por cento do preço de capa. Eu comprei cada livro, por isso vou dedicar a eles minha atenção.

Secretamente espero que alguém tenha para comigo a mesma consideração. Eu realmente preciso que essas linhas não morram comigo. Mas, não sei. Talvez o futuro nunca exista. Talvez as pessoas sejam extintas antes de qualquer coisa que eu digo se torne relevante. Não extintas no sentido de morte, mas sim no sentido de não se importarem com coisas banais como textos em blogs.

Ainda é agosto, mas já sinto o peso dos dias de verão entrando pela sacada. Talvez o tempo passar tão rápido seja bom. A cada dia que passa meu sonho/objetivo/esperança parece mais próximo. Só espero que quando esse anseio se concretizar as horas congelem. Que eu encontre junto desta dádiva o prazer de apreciá-la lentamente. 

Uma feliz quarta-feira para você que já encontrou seu anseio e é capaz de apreciá-lo (em algum momento a gente realmente encontra?). 

Ana Marques

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