A Vida é Poema
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Hoje D. irá encontrar o amor de sua vida. Isso é algo que ele tem esperado por algum tempo. Para ser sincero olhando daqui ele parece desesperado. Como se na fila do pão existisse alguma possibilidade de encontrar a garota que ele sempre imaginou.

Claro, você pode encontrar uma paixão em qualquer lugar, mas D. é extremamente exigente. Ele tem as medidas exatas da Garota dos Sonhos. Ele na verdade está pensando nela agora, pensando que ela não existe, que nada nunca irá se comparar com a imagem em sua mente. Mas ele está errado, existe sim uma garota exatamente como ele quer. 

Ele está prestes a encontrá-la. Irá acontecer bem perto das escadas. Ela é realmente linda, e vem carregando um ótimo livro! Veja, finalmente, eles se cruzaram.

Mas... o que é isso? D., onde está seu juízo? Ela passou e ele nem viu. Está ocupado demais enviando uma mensagem para sua mãe no celular. 

Que tristeza. Um vexame! Ele agora vai passar a vida inteira pensando que ela não existe. Realmente lamentável, eles eram perfeitos um para o outro. Agora por culpa da maldita tecnologia uma das maiores histórias de amor da humanidade nunca nem irá começar. 

Uma pena D., uma pena. 
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Faz muito frio hoje à noite, mas dizem que vingança é uma prato que se come frio. E embora eu não espere botar em prática meu miraculoso plano para iluminar a vida daquele velho, sinto que algo está para acontecer; como encontrar uma passagem secreta para Nárnia.

E como eu desejo um novo caminho para aquela terra encantada. Nárnia, onde os desertos jorram água e as florestas cantam com o vento. Onde eu aprendi que a própria vida se encarrega da vingança. 

Exceto quando acabam com o seu cabelo. Isso não tem perdão! Existe uma série chamada Revenge, que fala basicamente sobre vingança. E... bem... Os spoilers sobre o final da série não foram legais, pessoas do Facebook!

E qual é a razão dessa nossa necessidade constante de contar segredos? Porque perdemos tanto de nossas vidas no facebook? Acho que o motivo é que esquecemos de Nárnia, nosso lar encantado, onde a honra e a bondade eram mais valorizados do que simples status. 

Texto em colaboração com F. V. Reis

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Esse não é o melhor lugar para escrever. Em alguns momentos lugar nenhum parece melhor. Criar é uma forma de catalogar os pensamentos, de ordenar confusões internas. Ler, por outro lado, é fugir. Correr para um mundo diferente que pode trazer uma espécie de consolo, como Goethe nos fala em sua nota antes de nos apresentar o jovem atormentado.

É triste, pois tenho a impressão de que todos nós somos jovens atormentados. Atormentados pelas contas, prazos, amores, bebedeiras (ou a falta delas). Atormentados por não sermos as expectativas projetadas de alguém qualquer.

Mas e as nossas expectativas, quais são? Ver o mundo, amar, ser o melhor possível. Ter um carro, um barco, uma casa. Ou seria voltar para casa? Hoje sonhei que estava lá, quando acordei foi decepcionante perceber a realidade, que a minha casa não é aqui.

Será esse o problema? Estar longe do nosso lar. Ou seria nossa própria confusão para entender o conceito de lar?

O meu lar são as palavras.

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Aquela garota está travando uma batalha. Seus pés estão doloridos e ela questiona a necessidade da maquiagem. Será que eles não podia deixá-la ser o patinho feio, a gata borralheira, qual o problema de se misturar com a paisagem num dia de trabalho?

Coquetéis são sempre assim. Ela começa e termina suas obrigações com o pensamento único de qual será o momento de ir para casa. As pessoas bebem champanhe e colocam uma taça na mão dela, "Beba" eles falam, ela "Não, muito obrigada" e pensa... "Esse cheiro de álcool me faz desejar estar em qualquer outro lugar".

O som das conversas é tão alto, ela procura um lugar para descansar, mas tem sempre uma outra tarefa, vamos garota, ainda é hora de trabalhar!

No fim da noite são poucas as pessoas resistentes, mas o barulho só aumenta. Quem vai dirigir para casa já que todos estão bêbados?

Mas tem aquele garoto, talvez ele tenha bebido uma taça ou duas. Calado, gentil. "Vamos garota, eu te levo em casa, eu te salvo dessa madrugada com bêbados barulhentos". 

Ele sabe dizer as coisas certas, ele deixa ela a vontade, e no fim a garota está feliz. Mais um dia de trabalho e o céu está lindo, e ela não precisou se preocupar no caminho, porque o garoto dirigia bem. 
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Doença de pobre é sempre excesso de trabalho. Você vai ao posto de saúde, passa horas na fila, para o Doutor te dizer que o seu problema é trabalhar demais. "Você está muito estressada, senhora"... como se disso você não soubesse. 

Acordar antes do sol, pular o horário do almoço, sentir o cheiro da fumaça do trânsito dia a dia. Brasil, um país rico onde a pobreza não está só nas nossas limitações materiais, mas também em cada dia que não desenvolvemos nenhum pensamento, nenhum questionamento. Acorda, levanta, trabalha, volta a dormir, constantemente sem sofrer mudanças, sem esperança de ser melhor. 

Então vamos aos domingos à igreja clamando por perdão. Perdão, meu Deus, por ser tão limitado, triste, marginalizado, estereotipado. Perdão, porque a minha única alegria é sentar na frente da TV e me distrair com o novo barraco exibido às nove. Perdão.

Por favor, Redentor, não deixe a fumaça da cidade me matar. Não me deixe morrer antes de criar meus filhos. Por favor, Senhor, me dê  tempo, coragem, saúde. Saúde para trabalhar mais, para ser esse ser que as estatísticas chamam de miserável, classe D. Esse ser que mesmo sem possuir nada na vida, além de um emprego, ainda sonha. Clama pela chance de morar em um lugar onde olhando da janela a vista vai ser apenas uma paisagem  do cotidiano. Não isso que vejo agora: um retrato de tudo que o meu país finge não ver e tenta esconder. 
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Eu sou a Ana. Por aqui você vai encontrar começos de livros, desenhos quase bons e confissões de uma jovem adulta em uma jornada para alcançar algo além do comum. Fique a vontade.
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