Talvez eu mande um oi hoje, como vai você? Eu queria te contar que ando com uma vontade absurda de mandar tudo pelos ares. Um péssimo momento para querer deixar a estabilidade ir pelo ralo. Eu estava feliz há cinco horas, mas parece que a felicidade é inaceitável.
Tenho a impressão de que você entenderia o sentimento. Acima de tudo, entenderia a necessidade de não saber qual é o próximo passo. Meus pés estão travados. Mas minha mente continua correndo por um futuro indistinto de esperança.
Eu preciso, necessito, lembrar o lado bom. É bom ter o que comer. É bom ter um tempinho aqui e ali para ler. É bom ter trabalho extra a fazer. É bom, tudo é bom.
Só esqueço de respirar às vezes, sabe?! Tem sido bom ficar em casa porque nesses momentos sem ar eu consigo fazer uma pausa. Deus me ajude a fazer pausas mentais em ambientes hostis do lado de lá do portão.
Que o Senhor me ajude a não meter os pés pelas mãos... expressão engraçada. Que Ele me ajude a terminar aquela edição. Que Ele te ajude a me encontrar, mesmo se a gente andar na contramão.
Fica bem, porque tudo é bom. O que não é não importa não.