Pausa para a prata da casa

Agora eu só escrevo para adiar alguma outra tarefa, como se eu precisasse de mais um método de procrastinação.

Às vezes me surpreende o fato de que não sou excepcional em tudo. Daí eu lembro que, na verdade, sou bem medíocre. Faço pose como se soubesse tudo, me viro aprendendo as regras durante o jogo, meu blefe em alguns momentos é tão convincente que quase venço. Mas, eu só chego perto, fica separado para mim o segundo lugar.

E essa prata da casa devia estar trabalhando. Eu já vou. Tenho que pagar a extração dos sisos, o novo óculos (como meus olhos doem ultimamente...), o pneu do carro que perdi quando caí no mata-burro.

Vou tentar ficar feliz. Eu cheguei mais longe do que a maioria. Só porque nunca atinjo o sucesso final, não quer dizer que devo ficar estagnada naquilo que perdi. 

Chega de pausa. Algumas linhas ficam de registro do tempo perdido.

Ana Marques

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