A Vida é Poema
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Agora eu só escrevo para adiar alguma outra tarefa, como se eu precisasse de mais um método de procrastinação.

Às vezes me surpreende o fato de que não sou excepcional em tudo. Daí eu lembro que, na verdade, sou bem medíocre. Faço pose como se soubesse tudo, me viro aprendendo as regras durante o jogo, meu blefe em alguns momentos é tão convincente que quase venço. Mas, eu só chego perto, fica separado para mim o segundo lugar.

E essa prata da casa devia estar trabalhando. Eu já vou. Tenho que pagar a extração dos sisos, o novo óculos (como meus olhos doem ultimamente...), o pneu do carro que perdi quando caí no mata-burro.

Vou tentar ficar feliz. Eu cheguei mais longe do que a maioria. Só porque nunca atinjo o sucesso final, não quer dizer que devo ficar estagnada naquilo que perdi. 

Chega de pausa. Algumas linhas ficam de registro do tempo perdido.

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Cheguei aos 26. Santo Deus! E não foi dessa vez que passei meu aniversário sem chorar de raiva. Dá para ser feliz no Brasil 2021? Cada dia parece que a gente se afunda mais, sem esperança de saída.

Mas, esperança é confiar contra todas as probabilidades. Então eu espero que o futuro melhore. Nada indica isso, mas sou uma mulher de fé.

E tem isso, a vida adulta. Eu tinha essa ilusão, ao crescer, de que a gente conquistava uma visão muito clara da nossa posição na hereditariedade social. Entende? Nascer, crescer, multiplicar e morrer. Mas, às vezes, parece que eu ainda nasço. Tem dia que eu sinto que decresci. O multiplicar tem mais relação com dores do que com vidas. E morrer... parece que eu morro todo dia.

Ao mesmo tempo que minha certidão de nascimento me categoriza como mulher adulta, eu ainda tenho partes de menina assustada. Tão madura para as responsabilidades, tão ingênua para os sentimentos. E olhando ao redor, acho que a vida adulta é uma grande fraude na qual só crianças acreditam. Estamos todos perdidos no processo de envelhecer.

Aí a gente atinge o limiar, aquele momento em que o público alvo é aquele bebê que você viu nascer, mas hoje já é até mais alto. Você não é mais o foco da indústria, o desejo do mercado de trabalho. Seu lote de fabricação se torna ultrapassado. E tem gente que até fala que os seus melhores momentos ficaram no passado.

Eu tento ter um melhor momento semanalmente. Mantém as coisas mais leves. O dessa semana foi rever Peter Pan pela milésima vez. Todas as crianças crescem, menos uma, infelizmente eu já passei da fase de sonhar com a terra do nunca.

Mas, quer saber um segredo? A gente precisa sonhar com essas ilusões escapistas, eu tento fazer isso naquele momentinho antes de cair no sono. Sonho que existe um lugar seguro para crianças perdidas. Torço para que as pessoas abram os olhos para os verdadeiros vilões na nossa vida. Ano após ano, com esperanças escapistas e burras (como dizia Caio) de que vai ser melhor. O futuro vai ser.

E para isso, para ver o sonho da esperança acontecer, preciso estar viva. Assim, estou feliz por mais um aniversário de merda em que sobrevivi sem aceitar aglomerações forçadas e cheias de hipocrisia.

Talvez ano que vem seja o momento de finalmente não chorar por ainda me sentir sozinha. (Mas a gente sempre sente. Acho que é isso que define que sou mais adulta mulher do que inocente menina.)

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Eu sou a Ana. Por aqui você vai encontrar começos de livros, desenhos quase bons e confissões de uma jovem adulta em uma jornada para alcançar algo além do comum. Fique a vontade.
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