Saí pra lá com seu hate


Ahh, a internet! Ainda consigo me lembrar de usar as horas livres do curso de Windows 98 para entrar no site do programa infantil da Xuxa e jogar. Bons tempos! Mas, fui ter acesso a este belo mundo bem mais tarde, em meados de 2010, quando eu já tinha meus 15 anos, quando eu já era fã de Crepúsculo, quando minha família já tinha me ensinado sobre respeito.

Eu sempre quis usar a tão famosa frase: "Mas na minha época...", e a sentença não é tão famosa sem motivos. No início da década a gente era mais legal. A blogosfera de fato englobava um mundo de blogs diversos, atrativos, interessantes. As pessoas trocavam gentilezas nos comentários. Fui uma adapta tardia da rede, mas nos blogs eu sempre mantive visitação constante.

O ponto é que hoje em dia não temos mais isso. Não trocamos mais gentilezas nos comentários. Nas últimas semanas pelo meu twitter, eu decidi que prefiro ter paz do que ter razão (Deus abençoe Supercombo). Em duas situações diferentes, tratando de assuntos sem relação, duas pessoas totalmente desconhecidas responderam minhas postagens já procurando por briga. 

Onde foi parar o diálogo? Claro que não estou afim de conversar com o velho nerd padrão que ainda pensa que detém direitos sobre um personagem que ele não criou, que não gera lucro para o bolso dele (pelo contrário), mas o ponto é, para quê tanto ódio?

E daí se eu acho que em algum ponto as pessoas vão ser mais sensatas quando o assunto é política? E o que muda na vida de alguém se eu acredito que Christian Bale foi um Batman medíocre, que só conseguiu chegar a um terceiro filme por causa dos vilões, muito bem interpretados e construídos? O seu mundo vai acabar se eu afirmar que, de coração, acredito que o mesmo cara que fez o Edward Cullen, o amor da minha vida pré-internet, vai ser um ótimo Batman?

É ódio demais por coisas que não mudam em nada, absolutamente nada, a vida offline. Por isso, decidi não responder quem já vem com a intenção de encontrar uma boa briga. Por isso, decidi pesquisar sozinha sobre reforma da previdência, reforma política, liberdade de imprensa, porte de armas. Por isso, santo Deus, veja bem, eu continuo lendo diariamente a minha bíblia. Obrigada Senhor por me ensinar sobre a sabedoria no silêncio, sobre o amor em meio ao ódio, sobre como a gente nunca deve pecar por falta de conhecimento.

Querido leitor, o conhecimento salva. 

Ana Marques

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