A Vida é Poema
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Eu não tenho espaço para sentimentos irracionais no momento. O gostar de alguém não pode ser baseado em um grande nada, como geralmente acontece nas paixões. Olhando para o passado, eu nunca tive motivos para gostar tanto de alguém. E isso é improdutivo.

E por mais que eu goste e aprecie certo cara em aspectos abstratos, precisa ser mais do que isso. Precisa ser. Os sentimentos necessitam sair do campo da ilusão e de fato fazerem algum sentindo para serem alimentados.

Amanhã eu vou precisar acordar as 6h. Hoje só vou poder dormir depois das 2h. Quatro horas de sono e uma frustração que não dá para ser medida. Porque as minhas paixões sempre me deixaram sozinha, mesmo que eu só tenha desejado dividir o fardo com alguém.

Não adianta ranger os dentes, franzir o cenho, espernear histericamente, a jornada é solitária, mesmo quando há companhia. E essa paixão, esses descompassos do coração, pode muito bem se tornar em uma fonte de inspiração para um novo livro, música, obra-de-arte-que-vai-doer-no-coração-da-posteridade.

Os sentimentos são flexíveis. Nem tudo que acreditamos que irá perdurar, permanece até o final. Nem tudo que nasce no coração se revela algo além de ilusão. Salomão escreveu que o amor é tão forte quanto a morte e a paixão tão inflexível quanto a sepultura. Não querendo contrariar o rei da sabedoria, mas a paixão* é tão inflexível quanto o nosso coração enganoso, que hoje jura amor até a morte e amanhã já superou (com a graça de Deus).

*Algumas traduções falam que o ciúme é tão inflexível quanto a sepultura, mas isso é assunto para outro dia.
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Olá, terráqueo. Eu tenho noção de que tenho ainda alguns leitores neste planetinha azul que volta e meia passeiam por aqui. Venho assumir mais uma vez o compromisso de blogar com toda a sinceridade do meu coração.

Blog é uma mídia falida? Talvez. Mas, eu vou ser a última a abandonar este barco. Orquestra, pode tocar que a gente vai afundar com honra e orgulho. São anos por aqui, afinal.

Mas, hoje eu vim falar de Dumplin', minha última leitura e como a literatura tem esse poder bizarro de ser mais do que entretenimento (caro, porque livro no Brasil é artigo de luxo). 

Willowdean é uma adolescente gorda que está em uma jornada para se sentir em casa na sua própria pele. Eu sempre fui magra e só posso sentir empatia pelo que a protagonista vive. Não quero minimizar a importância de livros com essa espécie de representatividade.

Este ano, a maioria das minhas leituras saiu do padrão pessoas-brancas-magras-olhos-azuis-com-problemas (alô, Colleen Hoover), mas dessa vez não foi com a protagonista que mais me identifiquei, foi com um dos interesses românticos dela.

O rapaz me chamou atenção pelo nome: Bo. E o trecho destacado é basicamente a descrição do meu espírito animal (eu amo essa expressão, inclusive usada no livro). Bo é aquele tipo de pessoa que prefere uma abordagem silenciosa. Mas, isso não significa que ele não se importa. Talvez signifique que ele se importa demais.

Eu não estou aqui para falar da obra. Foi um livro super gostoso de ler e sempre tenho uma satisfação ao terminar uma leitura em outra língua. Mas, foi uma sensação muito interessante encontrar um personagem tão parecido comigo. Isso me levou a entender melhor o que todo mundo anda falando sobre livros mais diversos.

Como escritora, eu meio que ando fazendo personagens rasos. Eu tenho consciência das minhas falhas. Mas, eu quero muito ir por esse caminho. Quero que as pessoas se encontrem nas páginas quando estiverem perdidas. Eu quero que isso seja uma experiência que todos possam vivenciar, não apenas a galera branca-magra-de-olhos-azuis.

Por isso, leia Dumplin'. Leia Amor plus size da Larissa Siriani, que é uma autora brasileira maravilhosa. Leia o meu As cartas que acompanham o sol e me ajude a me aprofundar naquelas personalidades com a suas opiniões. A galera que sempre esteve no centro das tramas é legal, mas nós que na vida real caminhamos pelas bordas, também temos muito o que contar.

P.S.: Eu realmente quero fazer um compromisso de atualizar mais o A vida é poema, sem desculpas e sem promessas quebradas. Volto logo com um plano de ação, mas já agradeço a preferência.

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Eu sou a Ana. Por aqui você vai encontrar começos de livros, desenhos quase bons e confissões de uma jovem adulta em uma jornada para alcançar algo além do comum. Fique a vontade.
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