A Vida é Poema
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A previsão indica uma probabilidade de muitas lágrimas sendo engolidas. 
De muitos nós congestionados na garganta.
De muitos abraços preventivos.
De músicas antigas embalando novas madrugadas.
De memórias escorrendo pelo ralo.
De novos pavores infundados.
De declarações quase esquecidas.
De rancores superados.

O céu indica, com suas nuvens que caem como se fossem lágrimas, que é hora de dizer até logo.

É hora de ir embora.



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Amor, foi um pouco doloroso não ver o seu sorriso se abrir quando nossos olhares se cruzaram. Eu já tinha tudo planejado, mas você não seguiu o roteiro. Existe uma expressão em coreano equivalente a garoto maldoso. Ela é tão sonora que eu quero que você pesquise e me imagine te dizendo isso.

Faz meses que eu não te escrevo. Por aqui, devem fazer anos. Mas, naquela última carta eu disse que precisava escrever para outra pessoa. Continuo fazendo isso e é tão bom ter respostas. Foi uma espécie de cura que eu de fato acreditei que tinha te esquecido.

Eu disse: "vamos nessa, deixa ele de lado, sozinha é bom demais para pensar no cara errado" (se eu agora cito música sertaneja? aparentemente). Mas, é claro que você tinha que aparecer no momento mais improvável, naquela hora em que eu não te esperava de forma nenhuma. É muito difícil desistir de você. (Eu realmente gostaria de conseguir escrever em coreano porque tem uma expressão que indica intensidade que caberia muito bem aqui.)

E, caramba amor, eu realmente estou bem. De verdade. Eu percebi que estar solteira é muito bom. As minhas decisões são só minhas. Eu posso fazer qualquer coisa. Qualquer coisa. E eu tenho grandes planos de viver uma vida com propósito nos quais uma família seria meio que uma coisa complicada.

Veja bem, se eu quisesse, poderia mudar para o outro lado do país amanhã. Mas, se a gente estivesse juntos, não seria bem assim. Um casal tende a se estabelecer, se acomodar e eu não quero isso. Acho que nunca vou querer.

Mas, eu ainda quero você comigo. Como não? Você fez meu coração disparar como se eu ainda fosse uma adolescente. Minhas mãos tremeram! E isso só de te ver. Eu sou uma boba. Uma boba apaixonada.

Não é fácil te amar de longe. Mas, tenho certeza que também não é fácil te amar de perto.

Acho que eu só queria dizer que eu estou vivendo muito bem a minha vida. Ainda apaixonada, porque é muito difícil não amar você, porém já me acostumei com a sua ausência. Agora, o estranho seria te ter por perto.

Enfim. Sorria se a gente se encontrar outra vez.
Talvez na próxima carta eu já consiga me expressar em coreano.
Note: eu já estou pensando em outra carta.
Vamos acabar com isso.
Estou exausta de correspondências.
Venha falar comigo.

Com carinho.
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Eu não sei muito sobre Niilismo. Ouvi dizer que anda na moda, mas com meu conhecimento superficial, posso dizer que entendo de certa forma. Eu já senti isso. Uma espécie de onda avassaladora na qual nada faz sentido. Uma percepção de que nada existe, de que esse corpo não é material o bastante para me provar que a vida é.

Mas, ela é. Eu sou grata pela onda, porque ela vem e logo vai embora. Ela provoca mudanças, e talvez em alguns ela estabelecesse a descrença. Mas, depois de sobreviver ao nada, eu acreditei com mais veemência no algo maior, no Deus, na vida, no amor, na fé.

Isso não me torna alienada, ou massa de manobra, vaca de presépio. Pelo contrário, minha fé é baseada em uma ampla reflexão, na qual a minha razão faz perguntas constantes. O ponto nem é encontrar as respostas. O que importa para mim é sentir que tenho um diálogo com o criador. E é reconfortante saber que eu tenho liberdade para acreditar.

Também é reconfortante saber que as outras pessoas têm liberdade para desacreditar. Por mais que as coisas sejam mais complicadas que isso, é bom viver em um tempo, em um país, no qual podemos escolher.

Às vezes, eu tenho um pouco de medo. Queria que fosse mais simples, que eu me encaixasse em um padrão esteriotipado e pré-estabelecido. Mas, é assim para mim. Já faz um tempo que decidi não esconder o que penso, quando questionada.

Claro, o silêncio ainda é uma boa maneira de evitar discussões existenciais. Mas, em alguns momentos, existem coisas que precisam ser ditas. E hoje eu queria deixar claro que também é bom, sábio, saudável e inteligente acreditar.
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Mês passado o blog fez cinco anos. É interessante sentir as mudanças graduais do dia a dia. Anos atrás, eu fiz planos para este espaço e deixei de lado. Depois, falei sobre livros como se entendesse do assunto. Com o tempo, outras coisas também se tornaram pauta, como meus desenhos, minhas fotos. Hoje, venho aqui duas vezes ao mês para contar uma história. Este blog é sobre meus sonhos, minhas expectativas, meus gostos e sobre meu coração.

Nunca tive público de verdade. Depois de ter pessoas lendo o que eu escrevo, sei que as postagens aqui são mais para ajudar minha memória. Eu ainda mantenho porque é engradecedor olhar para o passado (mesmo com os erros gramaticais medonhos).

Estou passando um pequeno período na casa dos meus pais e tenho tido tempo. Ainda é estranho esta não ser mais a minha casa, mas depois de administrar meu próprio espaço, entendo a diferença. Mas, nessa pequena pausa, tive tempo para olhar o caminho que trilhei.

A ilustração de hoje é um exemplo de como as coisas se transformam. Mesmo que meus desenhos ainda não possam ser chamados de satisfatórios, essas imagens contam muito sobre como o tempo pode ser bom. A imagem menor, foi a primeira coisa que consegui desenhar com a tablet. Por anos, meus desenhos digitais eram feitos com o mouse, mas naquela época ganhei esse presente.

Foi um pouco desesperador, porque no primeiro teste eu parecia ter duas mãos esquerdas (sendo destra). Como tudo na vida, o desenho digital precisa de treino, tempo para adaptação. E me lembro de ficar muito orgulhosa quando finalmente consegui o domínio para desenhar essa plaquinha com o coração. Minha memória não é precisa, mas acho que o objetivo era retratar essa casinha que minha família construiu com tanta dificuldade. Nosso pequeno lar com paredes amarelas, que cresceu com o tempo, assim como eu.

Semana passada retomei essa ideia. Redesenhar coisas antigas é um bom exercício e me sinto feliz ao notar a mudança. Hoje meu traço é mais solto, mais irrestrito. Ainda desenho bastante usando as linhas, mas refazendo a placa, consegui me livrar delas. Ainda tenho um longo caminho, mas sendo sincera, acredito que nunca usarei a palavra satisfatória com meus desenhos. Mas, eu achava a mesma coisa em relação aos meus textos e já escrevi dois livros! (Isso é sempre surreal.)

Acho que já escrevi demais. Como sempre faço isso com sono, às três da manhã. Mas eu precisava registrar que sinto orgulho do quanto caminhei. Por muitas vezes, foi uma jornada solitária. Mas, tive momentos compartilhados com pessoas amadas. Eu não sei quanto tempo ainda manterei este diário online, mas se ainda existir algum leitor por aí, eu queria dizer que estou percorrendo um caminho de amor. Em breve vou deixar essa casinha amada novamente, mas as placas não mentem. Fique atento para pegar a direção correta. Lembre-se que o melhor GPS é o seu coração.
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Olá!

Eu sou a Ana. Por aqui você vai encontrar começos de livros, desenhos quase bons e confissões de uma jovem adulta em uma jornada para alcançar algo além do comum. Fique a vontade.
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