A Vida é Poema
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Estou com sono e cansada, mas isso não é novidade. Sinto que toda a minha energia é sugada sem que eu perceba. E sim, estou fazendo algo com a minha vida. Só não noto o propósito central de tudo isso.

É de se esperar que, nesse ponto, esse tipo de pergunta existencial não estivesse mais em minha mente. Mas, acredito que nossa alma possuí um clamor, uma necessidade permanente de se encontrar, de entender porque em um universo tão grande, com tanto potencial da vida, logo esse planetinha azul, quase na curva de saturno, foi vingar. Por isso a fé é a resposta, porque a única regra é acreditar.

E eu acredito. Acredito tanto que não posso ter uma vidinha como alguém que passa por aqui entorpecido, continuando o ciclo. Infância, sexo, morte. Tudo parece girar em torno disso. O que você viveu na infância vai estar sempre contigo. E na vida adulta tudo parece conspirar para a reprodução da espécie, é o típico comportamento que se manifesta toda vez que alguém me pergunta se estou sozinha.

E a morte, ela é a chegada final. O descanso das angustias que sussurram perguntas retóricas constantemente. Eu não tenho medo de morrer ou de ser esquecida. Sinto uma grande indiferença no momento com relação ao fim.

E porque deveríamos temer isso? É a parte mais fácil. Começar é tão árduo. Em alguns dias sair da cama parece com um dos doze trabalhos de Hércules. Depois continuar sem desistir é como estar naquele estado de quase afogamento, tentando ficar a tona, lidando com a força destrutiva das ondas do dia a dia.

Quando tudo acaba, resta a saudade que é uma coisa tão simples. Você sorri, lembra dos bons momentos, mente para si mesmo de forma que tudo pareça ter sido perfeito no passado. E talvez isso te dê forças, mas não é a forma certa de continuar.

A forma certa, a forma corajosa de não desistir, é dar aquele salto de fé. Aquele famoso se atirar do precipício, onde as leis da física são invertidas. A morte interna fica no topo, e a vida, o novo começo está no fundo.

Por isso ninguém pode te conter. Ninguém pode segurar sua mão e te convencer a ficar na beira, a espera de que o futuro te alcance enquanto aguarda de forma passiva. É necessário saltar e acreditar que essa aposta é a que vai funcionar. Dessa vez vai. Nesse ano vai.

E se não for, é só deixar a saudade guardada. É só caminhar mais uma vez para outro ato corajoso de fé. Fé em si mesmo, fé na humanidade.

Fé de que aquele dia vai ser diferente. Fé de que levantar da cama vai ser a melhor decisão do século. Fé de que escolher viver plenamente esse momentinho vai fazer toda a diferença nesse universo que conspira para que a gente, quase no quintal de Marte, consiga fazer o melhor. Conspira para que a gente seja melhor. 
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Graça significa benevolência, mercê, estima ou um favor que se dispensa ou recebe (fonte). Eu estou com a vida um pouco bagunçada. Constantemente com sono, tentando, diariamente, continuar um projeto louco para finalmente escrever um livro razoável. Mas, hoje quero fazer uma pausa nessa confusão para falar sobre graça. 

Com meu cabelo azul, minhas opiniões nada conservadoras, muitas pessoas não chegam realmente a me conhecer. É muito difícil eu escolher falar sobre minha vida pessoal. Claro, só neste blog existem mais de duzentos textos que dizem muito sobre quem sou. Mas, são poucas as pessoas que realmente ficam perto o bastante para conhecer minha história. Pensando bem, não existe ninguém, além dos meus familiares, que saiba de tudo. Tenho vinte e um e muitas coisas aconteceram nessas duas décadas. Mas, hoje quero falar de um aspecto específico, fé. 

Uma das minhas primeiras memórias é de estar caminhando para a igreja com minha mãe. Minha irmã mais nova ainda não havia nascido. Eu devia ter uns dois anos ou menos. Talvez eu esteja criando essa cena. Já li que muitas das nossas memórias são pura imaginação. Mas, eu me lembro de caminhar até a igreja. 

Anos e anos todos os domingos. Durante muito tempo, em vários outros dias da semana. A religião sempre foi uma base para a formação do meu caráter. Mas, eu não parei ali. Li a bíblia pela primeira vez aos quinze. Fiquei surpresa por achar algo realmente interessante e cativante. Continuei relendo durante anos. Ainda leio. Não gosto quando pessoas usam o nome de Deus dizendo coisas absurdas como se estivessem escritas lá. Não gosto de ser enganada, por isso leio. Para não pecar por falta de conhecimento. 

O último ano foi uma montanha russa. No início eu só ia para cima. Agora sinto que estou em queda livre. Os anos estão pesando e há muitos questionamentos em minha mente. Eu acredito que tudo deve ser questionado. Para mim a fé é questionar, é ter conhecimento, é perceber o toque do Grande Eu Sou em cada coisinha. Fico frustrada com a popularização do medo. Seguir a Jesus porque se tem medo da perdição ou da fúria divina não faz sentido nenhum. 

Ele veio pelo amor e com amor ele me trata. É desconcertante notar a sua presença em cada pedacinho da minha vida insignificante. Por isso eu preciso fazer mais. Por isso eu preciso escrever mais sobre minhas crenças. Tenho fé que minha sinceridade pode confortar alguém e trazer alguma luz a esses dias estranhos. E talvez eu só esteja fazendo esse texto para encontrar a mim mesma. Escrever sempre foi meu meio de por as coisas em ordem. 

Enfim, eu aprendi que Jesus nos amou por meio da graça. Nos prestou esse favor que ninguém merecia. Ele olhou para mim no meu pior momento e me viu. Ele me percebeu no meio da multidão do tempo e soube que só o amor dele iria me salvar. 

Por isso ele me amou, porque ele sabia que eu precisava ser salva. Minha mãe escolheu bem o meu nome. Ana leva o significado cheia de graça. E eu sou. Mesmo nos dias mais destetáveis. Mesmo nos anos mais turbulentos. Sou salva todo dia da minha própria natureza autodestrutiva. E, a única escolha que eu penso que devo escancarar por aí, é a que eu quero amar como meu mestre ama. Estou longe disso, mas alguém que nasceu e viveu pela graça precisa ao menos tentar. 
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Eu sou a Ana. Por aqui você vai encontrar começos de livros, desenhos quase bons e confissões de uma jovem adulta em uma jornada para alcançar algo além do comum. Fique a vontade.
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