O Tinder e Eu

É impressionante o número de pessoas dispostas a opinar sobre minha vida amorosa. Todos os dias encontro alguém determinado a me convencer de que o jeito que faço as coisas está errado. Parto sempre do principio de que não tenho razão nenhuma, que provavelmente estou cometendo inúmeros erros, independente do assunto. Mas, veja bem, eu conheço a mim mesma. Sei o que funciona ou não.

Então, para já acabar com mistério: Tinder não é para mim. Interações, no geral, não são para mim. Se pessoalmente sou muito fechada, online sou curta e grossa, não consigo evitar. Mas, eu tentei, vai que meu amor estava só esperando um curtir para dar as caras?!

Foi uma experiência bizarra. É estranho julgar as pessoas em alguns segundos por meio de uma imagem (e ser julgada!). Sinceramente, foi um teste de paciência tentar desenvolver algum diálogo, mas isso é porque sou eu: a garota do cabelo azul que não sabe socializar.

Mas, penso que deve ser algo interessante para quem tem aquele carisma natural. Mais simples. Acho que a gente está seguindo essa tendência: a de deixar tudo o mais fácil possível. E tem algo mais difícil que vida amorosa? Que coisa mais complicada né?! É bom facilitar mesmo!

Mas, eu... eu gosto de complicar as coisas. Então acho que 24h por lá foi mais do que suficiente. A verdade é que, na vida ou no aplicativo, a gente precisa abrir o nosso coração para essas novidades. E o meu, faz tempo que anda fechadinho. E, eu posso estar cometendo um erro ao não me abrir para o mundo, mas esse é o meu jeito de fazer as coisas. Curtindo de (bem) longe e esperando que enfim tudo dê certo. Será que uma hora dá match?

Ana Marques

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